Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

‘A Teia’, Rede Globo

A Rede Globo não tem limites mesmo. E pelo jeito não tem ninguém neste país que consiga colocar freios na emissora. A mais nova agora, que acabo de ver, é uma série chamada A Teia, na qual a Globo exibe cenas de extrema violência, inclusive de tortura, com a presença efetiva de crianças. Ora, há algum tempo atrás o Poder Judiciário chegou a proibir essa emissora de utilizar crianças em cenas consideradas “fortes”. Agora, pelo jeito, voltou tudo como antes. E para pior: na cena que acabo de ver, o vilão mantém um homem amarrado, sob tortura, e uma criança amordaçada, vendo e presenciando todo ritual de tortura, espancamento e morte. Além de uma pistola apontada em sua própria cabeça. As cenas são bem realísticas e dá para perceber, pela tomada exibida, que a cena de violência engloba todos os envolvidos: agressor, agredido e criança. Pergunta: alguém acha isso normal? É o direito à liberdade de imprensa sendo utilizado da forma mais sórdida possível (Itamar André Nascimento, funcionário público, Londrina, PR)

 

Coluna de Ancelmo Góis

A coluna de Ancelmo Góis relatou (festejando) na sexta-feira (4/4) que o diretor da Biblioteca Nacional, sr. Renato Lessa, indignado com uma foto de Ranieri Mazzilli com a faixa presidencial no Clube Naval, decidiu manifestar sua indignação pessoal pendurando um banner com a foto do ex-presidente Jango na fachada da BN. Indaguei à coluna sobre o porquê de ela não ter contestado o ato do servidor se ter valido do patrimônio público (fachada da BN) para manifestar sua indignação pessoal. A coluna não me respondeu, o que revela que, para a imprensa, os atos desmotivados da administração só são reprováveis se não são simpáticos ao sr. Ancelmo Góis e seus colaboradores. Indago a opinião deste Observatório sobre essa questão da simpatia no jornalismo e, sobretudo, sobre a tolerância do jornalista com pequenos malfeitos do gestor público (Thiago Rachid, advogado, Rio de Janeiro, RJ)