Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Nabuco, correspondente internacional

Joaquim Nabuco lamentava em “O Paiz”, do Rio, suas dificuldades como correspondente do jornal em Londres ao ter que enviar seus artigos por navio – publicados com demora de quase um mês – e competir com a informação telegráfica. Dizia ser absurdo escrever notícias que quando chegavam já eram matéria velha ou tinham sido desmentidas pelo telégrafo e mencionava, com uma ponta de inveja, que os “correspondentes europeus e norte-americanos escrevem pelo telégrafo”, dando os exemplos do “The Times” de Londres, do “The New York Herald” ou mesmo do “Indépendance Belge”, que acompanhavam dia a dia os acontecimentos.

Seus artigos, porém, dificilmente poderiam ser transmitidos pelo telégrafo. Cada palavra custava uma fortuna, 17 francos-ouro. Segundo o escritor francês Pierre Frédérix, um suntuoso almoço nos restaurantes da moda de Paris – como o Champeaux na place de la Bourse, Chez Peters na passage des Princes, Chez Vefour na Galérie de Beaujolais ou o Boeuf à la Mode na rue de Valois – custava cinco francos-ouro. A transmissão pelo cabo submarino dos artigos de Nabuco seria inviável, pelo custo, para qualquer jornal brasileiro.

Na verdade, a concorrência real do telégrafo era limitada. As notícias da agência Havas, que exercia um monopólio efetivo no Brasil, tinham pouca credibilidade, o serviço era precário e as falhas na transmissão e na edição eram muitas. Ficou famosa a expressão “mentir como um telegrama”. Machado de Assis menciona os problemas provocados pelos telegramas e afirma que a imprensa ainda dependia dos artigos chegados por navio, que “nunca foram mais necessários do que hoje”.

Apesar da demora, os artigos de Londres de Nabuco eram importantes para explicar a uma elite brasileira os acontecimentos da Europa. Poucas vezes a imprensa brasileira teve um correspondente tão perspicaz e com tanta capacidade analítica.

“Antipatia inveterada”

A experiência de Nabuco como correspondente internacional foi relativamente curta, mas muito rica para sua formação intelectual. Ele escreveu um total de 301 artigos para o “Jornal do Commercio”, O Paiz” e o “Jornal do Brazil”, do Rio, e “La Razón”, de Montevidéu, que foram republicados recentemente em dois volumes pela Global Editora com a Academia Brasileira de Letras.

Frustrada sua tentativa de reeleger-se deputado pelo Partido Liberal em 1881, Nabuco decidiu realizar sua “única aspiração pessoal” de viver em Londres. Com a morte do correspondente do “Jornal do Commercio”, William Clark, o barão de Penedo, seu protetor e ministro plenipotenciário do Brasil, ajudou Nabuco a conseguir esse cargo. Seu amigo Rio Branco Paranhos achou que poderia receber do jornal umas 600 a 800 libras por ano.

O “Jornal do Commercio” era a publicação de maior prestígio do Segundo Império. Seu proprietário, Júlio Villeneuve, seguiu a carreira diplomática e deixou a gestão a cargo de seu cunhado Francisco Antonio Picot, que morava em Paris, de onde dirigia o jornal com mão firme, orientando por carta tanto a redação como a área comercial.

Quando Penedo sugeriu Nabuco como correspondente, Villeneuve procurou a opinião de Picot e do redator-chefe no Rio, o português Luís de Castro. Este achou que a contratação de um abolicionista não seria bem recebida pela poderosa classe dos senhores de escravos. Picot, porém, decidiu contratá-lo. Mas as condições eram bem diferentes do que Nabuco esperava. O salário era de apenas 30 libras por mês e ele teve que encontrar outras fontes de renda: 17 libras mensais por serviços à Central Sugar Factories, 10 libras por trabalhos avulsos de advocacia e, mais tarde, outras 10 pelos artigos para “La Razón”, de Montevidéu.

Nabuco deveria enviar três correspondências mensais de Londres, três de Berlim e três de Viena; nove artigos em total. Como diz José Murilo de Carvalho, as correspondências de Berlim e Viena eram “uma pequena fraude”, uma vez que Nabuco as escrevia de Londres. Como não sabia alemão, tinha que basear-se na leitura de jornais ingleses como “The Times”, para ele o melhor do mundo, e o “Standard”, reputado pela informação internacional, e da imprensa francesa.

Ele teve que enfrentar o rigor de Picot, meticuloso nos detalhes, que o submeteu a um duro aprendizado sobre a forma de escrever para o jornal. Exigia precisão nas informações, sugeria assuntos áridos, queria uma linguagem mais contida, com menos arroubos, lia, corrigia e alterava o texto, criticava até o tipo de papel usado e a forma de fechar o envelope. Foi uma adaptação penosa, mas também uma disciplina que mudaria a sua maneira de escrever, ficando mais incisiva e direta.

De 1882 a 1884 Nabuco enviou 91 correspondências datadas de Londres para o “Jornal do Commercio”. Eram longuíssimos artigos sobre uma grande variedade de temas, que pelo tamanho dificilmente teriam acolhida nos jornais de hoje – pelos padrões atuais de diagramação, cada um deles ocuparia várias páginas.

Seus artigos explicavam para o leitor brasileiro a sociedade e os costumes da Inglaterra e punham em perspectiva os debates no Parlamento, a política inglesa, as questões diplomáticas, o imperialismo britânico, o jogo de xadrez das potências europeias. Os comentários e observações eram a parte mais interessante das correspondências. Sua análise da situação internacional é de uma qualidade que não se vê nos jornais de hoje. Certamente seus artigos foram uma janela esclarecida que o Brasil da época teve sobre os eventos europeus.

A pedidos de Picot, Nabuco informava sobre negócios: as companhias inglesas que investiam no Brasil em portos, ferrovias, gás, serviços públicos, telégrafos; os empréstimos que as empresas brasileiras levantavam em Londres; as taxas de câmbio. Aproveitava para mostrar a precariedade das finanças públicas do Brasil, os perigos do protecionismo, o elevado endividamento, os contínuos déficits orçamentários, os perigos de cobrir as dívidas com novos empréstimos, o nervosismo dos investidores que ficavam inquietos com a maneira de administrar as finanças do país.

A “questão irlandesa”, isto é, as relações da Inglaterra com a Irlanda, foi assunto recorrente. Embora fosse partidário do “hume rule”, que concedia autonomia à Irlanda, ele demonstrou pouca simpatia pelo movimento independentista e ficou chocado com os atentados dos nacionalistas e a violência gerada.

Nabuco mostrou uma crescente preocupação pelas demonstrações de antissemitismo na Europa, principalmente na Rússia, tema que registrou em diversos artigos, assim como a rivalidade entre a Inglaterra e a Alemanha. Ele dedicou um bom espaço às principais figuras da política europeia. Não escondeu sua admiração por William Gladstone, o primeiro-ministro liberal que acelerou a reforma política, estendendo o direito de voto aos trabalhadores agrícolas, e ampliou os direitos das mulheres; pelo político francês Léon Gambetta, cuja morte chegou a lamentar em várias correspondências muito emotivas; e pelo príncipe Bismark, o “chanceler de ferro” da Alemanha e “árbitro da Europa”.

Ele menciona com frequência as publicações que consulta. Além do “The Times” e do “Standard”, estão “The Spectator”, “de antipatia inveterada pelo Brasil”, “The Economist”, “The Daily Telegraph” etc. Curiosamente, em sua correspondência o “Manchester Guardian” (antecessor do “The Guardian” atual), o mais influente e prestigioso jornal liberal da época, que estaria mais próximo das opiniões de Nabuco, só aparece uma única vez – pela leitura, talvez desatenta, do autor destas linhas.

Proselitismo republicano

As informações sobre os negócios das empresas inglesas no Brasil são secas, mostrando, talvez, falta de familiaridade e de interesse de Nabuco pelo assunto. Ele mostra, por exemplo, como a Western and Brazilian, que tinha o monopólio do telégrafo por cabo submarino ao longo da costa brasileira e reclamava da concorrência das linhas telegráficas terrestres instaladas pelo governo, teve que baixar suas tarifas. Criticou os comerciantes ingleses que vendiam ao Brasil produtos com “antigas formas e desenhos”, perdendo mercado para alemães e americanos.

Nabuco teve a sensibilidade de registrar também assuntos cotidianos. Como a mulher que recebeu num hospital morfina em vez de quinino; a decisão de um professor de medicina de esconder durante dias um doente sem curá-lo para usá-lo como exemplo em aulas; de rapazes turcos vendidos em Londres pelos pais para que aprendessem a profissão de acrobatas; as reações contra o projeto de um túnel sob o Canal da Mancha: “A Inglaterra é e deve continuar a ser uma ilha”. Conta a incrível história de “lorde Arthur Pelham Clinton, conde de Lanesborough”, que cativou uma infinidade de mulheres, mas na verdade era mulher. Cometeu uma “imensa série de estelionatos, falsificações e embustes”, conseguiu enormes somas de dinheiro usando diversos nomes e levou uma jovem a perder o juízo quando soube que seu “noivo” não era homem.

Nabuco se diverte ao mostrar como um membro eleito do Parlamento, Charles Bradlaugh, ateu, se recusava a dar sua adesão à Coroa mediante um juramento religioso. Queria trocar o juramento por uma declaração, o que foi considerado ilegal e ele, impedido de tomar posse. Convocada nova eleição, foi reeleito; novamente impedido, foi reeleito repetidas vezes.

O liberal Nabuco surpreende com o comentário de que o general Gordon, que partia para o Sudão, onde morreu, era “o mais célebre, notável e heroico dos ingleses vivos que tiveram que exercer sobre os povos atrasados o jogo da força moral e o prestígio.

Ele registra a especulação na Bolsa de Paris, onde “cocheiros de praça e criados de hotel (…) estão a jogar sobre cotações”, “o cozinheiro segue com avidez as flutuações do canal de Suez, ao passo que o criado de servir só pensa em Banque de Lyon”. Faz referência à “vil mistura sob o nome de café” bebido na Inglaterra, adulterado ao ser misturado com chicória, e cita “The Times” quando disse que os ingleses não adoram o sol provavelmente porque nunca o viram e que a “sua falta de devoção pelo café pode ser explicada da mesma forma. A maioria dos ingleses nunca provou coisa que possa ser chamada de café”. Até a revista médica “The Lancet” escreveu que o café não adulterado estava se tornando muito raro no comércio.

Informou que navios frigoríficos transportaram a carne de cinco mil carneiros da Nova Zelândia para a Inglaterra, a 20 graus abaixo do ponto de congelação, que chegou fresca e perfeita, e os produtores ingleses tentaram proibir a venda de carne importada. Nabuco observou que o Brasil está mais próximo da Inglaterra que a Nova Zelândia e essa experiência não deveria ser indiferente ao país, pois abria novas possibilidades.

Ele menciona o leilão da coleção de obras e objetos de arte do duque de Hamilton na Christie’s, de tal riqueza e variedade que hoje parece inimaginável: quadros de Botticelli, Signorelli, Mantegna, Leonardo da Vinci, Andrea del Sarto, Tiziano, Tintoretto, Giorgione, Domenichino, Rembrandt, Rubens, Van Dyck, Hobbema, Velázquez, Dürer, Cranach, uma mesa de Maria Antonieta, uma secretária de madame Dubarry, esculturas, tapeçaria Gobelin, bustos de cristal de rocha e uma biblioteca com livros antigos. Ante a grandiosidade do leilão, Nabuco comenta com ironia e tristeza que viver na companhia de Michelangelo e Leonardo da Vinci deve ser aborrecido e indiferente para os que têm outros gostos, como o turfe e a paixão pelos cavalos de corridas, e para eles era um sacrifício heroico guardar trastes velhos. Alguns quadros foram comprados pela National Gallery de Londres.

Também escreveu sobre o conflito de fronteiras do Brasil com Argentina em torno da região de Missões e sobre a possibilidade de um confronto armado, lembrando, a propósito, a recente guerra com o Paraguai. Mas assegura: “Felizmente, no Brasil muito poucas pessoas têm antipatia aos argentinos”. Fez contínuas referências a seu protetor, o barão de Penedo, elogiando suas atividades como representante diplomático do Brasil.

Suas crônicas datadas de Berlim eram escritas na Inglaterra. Ele colaborou para reforçar a “pequena fraude” ao escrever: “Os telegramas que nos chegam de Londres…”, como se estivesse em Berlim. Nas correspondências acompanhou a ascensão e o fortalecimento da Alemanha, a rivalidade com a Rússia, a crescente influência de Bismark e seu suborno a jornalistas, a questão do pan-eslavismo e do antissemitismo, as relações com o Vaticano. Encontrou espaço para mencionar o extraordinário projeto do bonde elétrico desenvolvido por Werner Siemens.

São artigos bem mais curtos que os datados de Londres, em geral dedicados a um único tema, nos quais, se bem mostra um bom conhecimento da situação europeia, talvez pelo fato de receber informações de terceira mão, há neles menos segurança que nos comentários a respeito da Inglaterra, onde vivia.

Na correspondência de Viena, também escrita em Londres, Nabuco mandava notícias com poucas observações pessoais sobre o conflito dos Bálcãs, a anexação da Bósnia-Herzegovina, o funcionamento do império dual Áustria-Hungria, as tensas relações com a Rússia, a rivalidade com a Turquia. Sintetizou a essência da questão europeia ao escrever: “A Alemanha não receia a França nem a Rússia isoladas, mas, sim, unidas entre si. Impedir essa união é toda a política do príncipe de Bismark”. E não se esqueceu das “notícias humanas”, como o caso da camponesa que “servia-se de uma receita de arsênico para facilitar a suas numerosas freguesas (…) a desejada viuvez”.

Cabe perguntar-se a quantos leitores interessaria uma cobertura tão meticulosa e perspicaz sobre os eventos ingleses e europeus. O próprio Nabuco observou o escasso interesse no Brasil pelos acontecimentos internacionais. Machado de Assis disse-lhe que as questões inglesas “são pouco familiares neste país” e querer que o leitor as acompanhe com interesse não era fácil, “e foi o que V. alcançou”. Segundo André Rebouças, “no ‘Jornal do Commercio’ estão todos muito entusiasmados com o seu trabalho”. Na verdade, o “Jornal do Commercio” se atribuía a missão de atender uma pequena elite. Nisso estava sua influência.

Quando, de Londres, Nabuco começou a escrever para o diário liberal uruguaio “La Razón”, o “Jornal do Commercio” reclamou. Além de pagar pouco, queria exclusividade, mas acabou concordando com a colaboração. Nessa correspondência, em lugar de deter-se nos detalhes da política inglesa e nos debates no Parlamento, ele reflete sobre as principais questões do momento. Nabuco voltou ao Brasil em 1884, de onde continuou mandando correspondência para “La Razón”, nas quais deu ênfase à escravidão e à abolição.

No Brasil escreveu a coluna “A seção parlamentar” para “O Paiz”, dirigido por Quintino Bocaiuva, republicano e partidário da abolição. Voltou a Londres como correspondente desse jornal em 1887 e 1888, mas escrevia menos artigos e muito mais curtos pelas mesmas 30 libras que lhe pagara o “Jornal do Commercio”. Continham mais comentários e observações pessoais do que notícias. Dedicou várias correspondências ao jubileu da rainha Vitória, a Gladstone, “a mais nobre figura da história deste século”, e à possibilidade de uma guerra entre a Rússia e a Áustria, que acabaria envolvendo a Alemanha – como aconteceu em 1914.

Em 1888, de novo no Rio, Nabuco se distanciou de Bocaiuva quando, com o fim da escravidão, “O Paiz” acentuou o proselitismo republicano. Nabuco, monarquista, escrevia a coluna “Campo neutro”, mas os dois se desentenderam. Rebouças escreveu que Nabuco, “por não poder suportar mais a hipocrisia” de Bocaiuva, acabou abandonando “O Paiz”. O jornal anunciou a saída de Nabuco por “exclusivamente motivos políticos”.

Detalhes secundários

Quando Nabuco voltou a Londres, recebeu em 1891 um convite de seu amigo Rodolfo de Souza Dantas para ser correspondente do “Jornal do Brazil”, ganhando 35 libras. Mandou apenas 12 correspondências, nas quais pouco tratou da política e das questões inglesas. Também escreveu de Buenos Aires para o jornal, dedicando vários artigos à América Latina e sobretudo ao Chile e a seu presidente, José Manuel Balmaceda, nos quais fez paralelos com a situação do Brasil e dos militares no início da República. Foi seu último trabalho como correspondente internacional, embora continuasse escrevendo para a imprensa.

Nabuco retornou ao Rio para ser redator-chefe do “Jornal do Brazil”, que se tornara um órgão de grande prestígio. Dantas adotara uma orientação moderada, Nabuco seguiu uma linha monarquista mais contundente. Aos gritos de “Mata! Mata! Nabuco”, a multidão enfurecida invadiu a tiros o jornal e depredou as oficinas. O ministro da Justiça, o barão de Lucena, disse que “o governo não tem meios de garantir a vida dos jornalistas que trabalham em jornais monarquistas”. O jornal foi vendido. Nabuco escreveu para “O Commercio de São Paulo”, de Eduardo Prado, uma série de artigos que foram o arcabouço de sua obra “Minha Formação”. Outros artigos para o “Jornal do Commercio” se transformaram nos livros “Balmaceda” e “A Intervenção Estrangeira” durante a Revolta de 1893.

Em 1894, Nabuco registrou em seu diário a intenção de publicar seus artigos como correspondente internacional em vários volumes. Finalmente, seu desejo foi realizado com a publicação destes dois livros. A obra é bem-vinda, apesar de alguns detalhes. As capas dos dois volumes são atraentes, mas a apresentação gráfica do texto é pobre e o sumário dá pouca orientação. Há, no fim, uma útil e competente relação dos principais nomes citados, mas o leitor sente falta de notas de rodapé. Há também alguns deslizes factuais. O jornal “O Paiz” não foi fundado por Quintino Bocaiuva, mas pelo comerciante português João José dos Reis Júnior. O “Jornal do Commercio” não é o mais velho jornal do Brasil, é o “Diário de Pernambuco”. Joaquim Nabuco não foi o primeiro correspondente internacional brasileiro, o próprio “Jornal do Commercio” tinha um serviço regular de informação do exterior, com o qual cobriu, por exemplo, a guerra franco-prussiana e a guerra de secessão dos Estados Unidos, assim como os conflitos no rio da Prata e a guerra do Paraguai.

Mas esses são detalhes secundários. A publicação é importante e o conteúdo mais do que compensa a leitura da obra. O lançamento desse livro serve também para lembrar a falta de um trabalho sobre a história dos correspondentes internacionais da imprensa brasileira.

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Matías M. Molina é autor do livro “Os Melhores Jornais do Mundo”, em segunda edição