Quase três meses depois das últimas colunas editadas em Miami por Eliakim Araújo, criador e editor durante doze anos, ressurge hoje com outro formato, outro editor e integrado ao jornal Correio do Brasil, o novo Direto da Redação. Da equipe anterior restaram quatro jornalistas, aos quais se juntam agora mais três.
A fórmula, criada em 2001, continua quase a mesma:
“Somos um grupo de jornalistas e profissionais de comunicação livres e independentes. Já nos encontramos em outras redações pela vida afora e decidimos voltar a trabalhar juntos.
“Graças à Internet, nos reencontramos numa redação virtual, apesar de estarmos em lugares diferentes. Temos nossas atividades próprias e aceitamos dedicar algum tempo ao novo Direto da Redação pelo puro prazer de escrever (é portanto uma atividade voluntária e benévola) e de colocar para fora críticas e pensamentos que certamente não teríamos a liberdade de publicar na mídia corporativa.
“Temos ampla liberdade e assumimos a responsabilidade pelo que escrevemos. Não temos compromisso político-partidário, o que nos garante o exercício de uma escrita livre, ousada e sem pressões. Nosso objetivo é o de transformar o novo Direto da Redação num fórum permanente de discussão dos grandes temas brasileiros e internacionais, ao qual terão acesso nossos leitores, que convidamos a participar com seus comentários”.
Seguem, por ordem alfabética os nomes dos sete jornalistas do novo Direto da Redação, que garantirão uma coluna por dia aos leitores.
>> Adelto Gonçalves – Jornalista, trabalhou no Estadão, Folha de São Paulo, Editora Abril e A Tribuna de Santos. Professor universitário, doutor em Literatura Portuguesa pela USP, autor dos livros “Os Vira-latas da Madrugada”, prêmio José Lins do Rego, da José Olympio Editora; “Gonzaga, um Poeta do Iluminismo”, “Barcelona Brasileira”, “Bocage – o Perfil Perdido” e “Tomás Antônio Gonzaga”. Ganhou em 1986, o prêmio Fernando Pessoa, da Fundação Cultural Brasil-Portual. Professor universitário de literatura em Santos, na Universidade Paulista, Unip, e na Universidade Santa Cecília, Unisanta.
>> Alípio Freire – Jornalista, poeta, escritor, artista plástico, roteirista e cineasta. Membro do Conselho Editorial do Brasil de Fato. Militou na Ala Vermelha (1967-1983), foi torturado e preso cinco anos. Colabora com a imprensa popular, sindical e de esquerda, por suas iniciativas mantém viva a memória dos anos de chumbo, dirigiu e editou diversas publicações. Autor de livros, entre eles os de poesia “Estação Paraíso” e “Rapsódia de Ordem Política e Social”. Dirigiu o documentario “1964 um Golpe Contra o Brasil”.
>> Ana Helena Tavares – Jornalista, conhecida por seu site de jornalismo político “Quem tem medo da democracia?”, com artigos publicados no Observatório da Imprensa e na extinta revista eletrônica Médio Paraíba. Foi assessora de imprensa e repórter dos Sindicatos dos Policiais Civis e dos Vigilantes. Universitária, entrevistou numerosas pessoas que resistiram à ditadura e seus relatos (alguns publicados na Carta Capital e Brasil de Fato) serão publicados brevemente num livro.
>> José Inácio Werneck – Jornalista e escritor, trabalhou no Jornal do Brasil e na BBC, em Londres. Colaborou com jornais brasileiros e estrangeiros. Cobriu Jogos Olímpicos e Copas do Mundo no exterior. Foi locutor, comentarista, colunista e supervisor da ESPN Internacional e do Brasil. Colabora com a Gazeta Esportiva. Escreveu Com Esperança no Coração sobre emigrantes brasileiros nos EUA e Sabor de Mar. É intérprete judicial em Connecticut, EUA, onde vive.
>> Mário Augusto Jakobskind – Jornalista e escritor, correspondente do jornal uruguaio Brecha; membro do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (TV Brasil); preside a Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI. Seus livros mais recentes: “Líbia – Barrados na Fronteira”; “Cuba, Apesar do Bloqueio” e “Parla” (ainda no prelo).
>> Urariano Mota – Escritor e jornalista. Autor do romance “Soledad no Recife”, sobre o assassinato pela ditadura brasileira da militante paraguaia Soledad Barret, grávida, depois de traída e denunciada por seu próprio amante o Cabo Anselmo. Escreveu também “O filho renegado de Deus”, seu livro mais recente é o “Dicionário Amoroso do Recife”. Seu primeiro livro foi “Os Corações Futuristas”, um romance na época do ditador Garrastazu Médici. Na juventude publicou artigos, contos e crônicas nos jornais Movimento e Opinião.
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Rui Martins jornalista, escritor, ex-CBN e ex-Estadão, exilado durante a ditadura. Criador do primeiro movimento internacional dos emigrantes, Brasileirinhos Apátridas, pela recuperação da nacionalidade brasileira nata dos filhos dos emigrantes. Escreveu Dinheiro Sujo da Corrupção, sobre as contas suíças de Maluf, e o primeiro livro sobre Roberto Carlos, A Rebelião Romântica da Jovem Guarda, em 1966. Vive na Suíça, correspondente do Expresso de Lisboa