Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

‘Revista íntima’, a imagem fora de lugar

Há 84 anos no mercado, o jornal O Imparcial de Araraquara, interior de São Paulo, cometeu um equívoco ao usar a capa da Playboy, da Editora Abril, para ilustrar uma reportagem de seu impresso. Ao falar sobre revista íntima nos presídios, que é aquela típica fiscalização pela qual as pessoas passam ao visitar alguém que está preso, o jornal, ao fazer a arte, confundiu o assunto e acreditou estar noticiando algo sobre publicações para adultos.

Veiculado na quarta-feira, 17, com o título “Conselho recomenda fim da revista íntima em presídios”, o jornal escreveu texto de três colunas explicando que a resolução do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que é ligado ao Ministério da Justiça, recomendou o fim da fiscalização a fim de evitar situações “vexatória, desumana ou degradante”.

A resolução não se trata de uma lei, mas sim de orientação para que os estados comecem a abolir a revista íntima nos presídios. A ideia é que o procedimento comece a ser feito por meio de detectores de metais, aparelhos de raios-X, scanner corporal ou identificadores de armas, explosivos e objetos ilícitos.

O problema com a reportagem de O Imparcial está na ilustração. Ao fazer a arte, a informação foi confundida com “revistas de conteúdo adulto”, o que acabou trazendo para a diagramação a capa da Playboy com a ex-panicat Aryane Steinkopf.

Na edição de hoje [quinta-feira, 18/9], o impresso resolveu falar sobre o assunto na coluna ‘Quebra Queixo’ e explicar o que aconteceu. “Nós aqui do jornal rimos da confusão promovida pelo montador de página que perguntou ao editor como deveria ilustrar a matéria no que este, tirando o sarro, respondeu: com uma Playboy. E não é que saiu!!! Resultado: se cobrir vira circo e se cercar vira hospício”.

Veja, abaixo, a íntegra da nota

A matéria “Conselho recomenda fim da revista íntima” que saiu junto com uma capa da revista Playboy ganhou as redes sociais pela analogia, ou seja, proibida revista íntima sendo que a referida revista é voltada para o público masculino. Experientes e competentes jornalistas ressaltavam que não sabiam se rolavam de rir ou se rasgavam o diploma, e muitos outros, com o objetivo talvez de dar um up na vida sem graça que levam, compartilharam o post para os coleguinhas que como espelhos deveriam estar ávidos por um erro alheio e muitos sedentos, pois com a estiagem, muitos estão economizando a fonte do respeito e da compreensão. Nós aqui do jornal rimos da confusão promovida pelo montador de página que perguntou ao editor como deveria ilustrar a matéria no que este, tirando o sarro, respondeu: com uma Playboy. E não é que saiu!!! Resultado: se cobrir vira circo e se cercar vira hospício.