Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Morte e ‘crossover’

Começou na noite do domingo [28/9] nos Estados Unidos a 26ª temporada de Os Simpsons. E veio cercada de grande expectativa. Há meses havia sido anunciado que no primeiro episódio um dos personagens da série de animação morreria, o que motivou muitas especulações e bolões de apostas sobre quem seria. No domingo à noite, o mistério foi resolvido. Além disso, foi ao ar um episódio especial no qual os personagens de Springfield encontraram os protagonistas de Uma Família da Pesada (Family Guy), um crossover (cruzamento entre duas séries) que foi muito falado e que também gerou polêmica. (Leia, a partir daqui, detalhes sobre os episódios.)

Um dos personagens mais cotados para morrer na nova temporada era o palhaço Krusty, já que o título do episódio, Clown in the Dumps (“palhaço na pior”) assim parecia anunciar. Outra pista era o fato de o dublador do personagem ter recebido um prêmio Emmy por seu trabalho na série (embora, a esta altura, a maioria de atores que dão voz aos Simpson já receberam esse prêmio).

Mas o morto, afinal, foi um personagem bem mais secundário: o pai de Krusty, o rabino Hyman Krustofski. O comediante Jackie Mason dava voz ao personagem, que apareceu pela primeira vez em 1991 e valeu um prêmio Emmy ao ator em 1992. Como anunciou Al Jean, diretor da série, a morte do personagem será definitiva, e ele não voltará mais a aparecer na ficção.

No domingo também foi ao ar o esperado crossover entre Uma Família da Pesada e Os Simpsons. O episódio recebeu em geral uma boa avaliação, mas não se livrou da polêmica por causa de uma piada, que aparecia em um dos trailers, em que havia alusão a um estupro. O presidente do Conselho Parental da Televisão, organismo que se dedica a proteger crianças dos conteúdos televisivos violentos e obscenos, pediu aos criadores das duas séries, Matt Groening e Seth MacFarlane, que retirassem essa brincadeira. Mas, fiéis ao estilo provocador das duas animações, a piada foi ao ar inalterada.

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Natalia Marcos, do El País