Rupert Murdoch, presidente e executivo-chefe do grupo News Corporation, planeja transformar seu império de mídia em uma organização ‘amiga do meio ambiente’, noticia o Financial Times [22/9/06]. Murdoch é conhecido como cético do aquecimento global, mas afirmou que as mudanças climáticas devem ser levadas a sério. A News Corporation é proprietária de jornais no Reino Unido, Austrália e EUA, do canal Fox News, de emissoras de TV nos EUA, dos estúdios 20th Century Fox, de investimentos na Índia e China, e também de ativos na rede, como o sítio MySpace. ‘Nós estamos avaliando como eliminar emissões de carbono em todos os países em que atuamos’, prometeu o empresário. O grupo BSkyB, que controla a maior fatia do mercado de TVs pagas no Reino Unido, administrado pelo filho de Murdoch, James, já atua como uma empresa não emissora de carbono. A replicação das estratégias de James por Murdoch é um sinal de que ele estaria começando a influenciar seu pai e que seria um possível herdeiro do grupo.
Israel alerta agências sobre fotos manipuladas
O Escritório de Imprensa do governo de Israel reuniu-se com chefes de agências de notícias internacionais no começo de setembro para discutir a manipulação de fotos da recente guerra no Líbano e do conflito com os palestinos, e os alertou que uma ação drástica poderá ser tomada caso a prática continue. O assessor de imprensa do governo israelense, Danny Seaman, afirmou que Israel tem o direito de agir contra qualquer organização de mídia estrangeira caso ela ‘falhe em agir de modo profissional’. ‘Isto foi algo novo ao mundo, mas nós já tínhamos visto antes’, afirmou Seaman. ‘Esperamos que eles tomem mais precauções no futuro’. O Escritório de Imprensa não pode agir diretamente contra os serviços da mídia, mas pode fazer recomendações aos ministérios das Comunicações, do Exterior e da Defesa. A única ação tomada pelo governo contra as agências de notícias durante a guerra do Líbano foi o envio de reclamações aos escritórios centrais das agências. Depois de blogs americanos terem divulgado que uma foto da Reuters havia sido alterada, o fotógrafo freelancer da agência foi afastado e a imagem, retirada do sítio. Seaman reuniu-se com os chefes de redação dos escritórios da Reuters, Associated Press e Foreign Press Association, em Jerusalém, mas todos foram proibidos por suas organizações de comentar o conteúdo do encontro. Informações de Adina Greene [The Jerusalem Post, 28/9/06].