A promessa de Abdullah II, rei da Jordânia, de criar uma escola de cinema no país gerou alvoroço na blogosfera, noticia Ruth Eglash [The Jerusalem Post, 3/10/06]. Divulgada em setembro, a idéia é criar o Instituto de Artes Cinematográficas do Mar Vermelho, que receberá estudantes de cinema de todo o Oriente Médio, incluindo Israel.
O projeto foi iniciado em 20/9 nos EUA, em parceria com a Escola de Cinema e Televisão da Universidade do Sul da Califórnia, e espera matricular homens e mulheres do Oriente Médio em um ambiente especializado na aprendizagem de todas as disciplinas das artes cinematográficas. Para planejar a escola de cinema, Abdullah contou com a ajuda do cineasta judeu Steven Spielberg, que recomendou a parceria com a universidade americana. “Quando Sua Majestade, o Rei me falou da criação de uma escola de cinema com sede na Jordânia, mas que servirá a todos os países no Oriente Médio, incluindo Israel, eu imediatamente vi a importância deste investimento para as pessoas e para o futuro da região”, explica Spielberg.
O poder dos filmes
O comentário do cineasta de incluir Israel na escola foi o que mais deixou os blogueiros irados. “As pessoas parecem estar muito céticas em relação a este projeto”, afirma o cineasta israelense Dan Katzir. “Acredito que o rei foi extremamente corajoso em iniciar este programa um dia antes de o [presidente] do Irã ter feito alguns comentários atacando Israel e em meio a uma atmosfera tensa em Nova York. Vejo o projeto como uma declaração de paz e tolerância e espero que funcione. Filmes são incríveis para criar diálogo e têm a habilidade de mostrar à humanidade ambos os lados do conflito”.
O início da construção do instituto está previsto para 2007 e suas instalações terão salas de projeção digital, de animação, pós-produção e laboratórios de mídia interativa. As primeiras inscrições serão aceitas em setembro de 2008.