Ler as edições dominicais dos dois maiores jornais paraenses é mais um exercício físico do que mental. O leitor vai sacando os cadernos e jogando-os ao chão depois da vista d’olhos mínima. O que sobra de mais substancioso é uma fração da quantidade de páginas da edição, ocupadas mais por anúncios e matérias frias. Nas edições de aniversário, então, o desafio é digno de maratona manual. Haja páginas para dar conta em diagonal.
Sugiro aos Maioranas considerar a proposta de começar já a edição de aniversário do ano que vem [de O Liberal]. Além do jornal comemorativo, lançariam um álbum à parte contendo uma seleção das principais capas do jornal, desde a sua fundação até 1986, ano da morte de Romulo Maiorana, cobrindo quatro décadas de história, da democracia de 1946 à redemocratização do país depois da ditadura militar de 1964.
Podiam também publicar um livro sobre O Liberal como jornal político, órgão oficial do PSD de Magalhães Barata. A história do jornal nesse período seria complementada por uma antologia dos principais textos que saíram.
As duas publicações seriam brindes aos assinantes, atraindo os interessados através de um bom marketing. No exemplar normal do dia 15 de novembro de 2015 viria uma cartela que o leitor recortaria e apresentaria às bancas de jornais e livrarias para comprar as duas publicações por preço favorecido, que apenas pagaria o custo da edição.
Não precisam dar resposta nem agradecer. Basta que realizem. A cultura paraense, finalmente, agradeceria.
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Lúcio Flávio Pinto é jornalista, editor do Jornal Pessoal (Belém, PA)