Assisti ao programa do Observatório na TV ontem à noite [16/12]. Ideia louvável, a de discutir os eventos de 2014 (ver aqui). Chamou a minha atenção as três (ou duas?) vezes em que o economista disse que a contemporaneidade é menos violenta do que outrora. Romano Sant’Anna ainda provocou dizendo ser necessário lembrar a violência no Rio. Na Idade Média, não se tinha a produção de alimentos em escala e nem se possuía tecnologia como na época atual. Não há como argumentar a favor da violência praticada na contemporaneidade, quando no Brasil se constitui lei para dizer que não pode bater em mulher. Chomsky pode refrescar a memória do citado economista a respeito das violências constantes e ofuscadas praticadas durante todo o século 20.
Num país continental como o Brasil se mata por terra – essa é a violência no campo em pleno século 21. Vá ao sul do Pará, à Amazônia. Há a violência do Estado contra a sociedade quando um magistrado dirige sem carteira de habilitação e ainda ordena a prisão da agente de trânsito. A revista Veja publica sem provas e o ministro do STF endossa a reportagem da revista. Violências mortais? Vejam os índices somente no Brasil que se verá o absurdo. Aqui, morre-se de fome e tem político que rouba o dinheiro da merenda escolar (Dalvo Santiago, professor, Manaus, AM)