O jornalista muçulmano Salah Uddin Shoaib Choudhury, que enfrenta acusações de sedição em Bangladesh, foi atacado e espancado por 40 pessoas, informa Michael Freund [Jerusalem Post, 17/10/06]. Entre os agressores estariam membros importantes do partido do governo.
Choudhury, que edita o jornal em língua inglesa Weekly Blitz em Dacca, trabalhava em seu escritório em 5/10 quando o grupo invadiu o local. Entre outros ferimentos, o jornalista teve um tornozelo fraturado e foi brevemente hospitalizado. Os agressores roubaram dinheiro da companhia que era guardado em um cofre.
De acordo com declaração no sítio do Weekly Blitz, o grupo era liderado pelo secretário de relações exteriores e pelo secretário-geral do braço cultural do Partido Nacional de Bangladesh. Durante o ataque, um deles chamou Choudhury de ‘agente dos judeus’. Ninguém foi preso pela agressão, e a polícia teria proibido o jornalista de prestar queixa contra os atacantes.
Choudhury sofre processo legal sob acusações de blasfêmia, sedição, traição e espionagem por causa de artigos críticos ao extremismo islâmico e favoráveis a Israel. Seu julgamento estava marcado para ter início nesta quinta-feira (19/10). As acusações vêm de 2003, quando o jornalista foi preso no aeroporto internacional de Dacca quando se preparava para embarcar para Israel para discursar sobre a promoção do entendimento mútuo entre muçulmanos e judeus. Sua visita seria a primeira de um jornalista de Bangladesh a Israel.