O dilema diário da imprensa está em observar os fatos sociais e perceber quais destes fatos, dentre toda a multidão de acontecimentos, merece tornar-se notícia e estampar as páginas dos jornais impressos ou digitais. Esta tarefa obedece normalmente as orientações organizadas em cartilhas, manuais ou tratados jornalísticos sobre quais são os critérios de percepção, codificação e construção ‘social’ das informações.
Isto significa dizer que as notícias nascem exatamente a partir de uma espécie de uma matriz e de sistemática objetiva, precisa e referencial, que indica o que vale a pena ser divulgado para a sociedade, tendo em vista o fato de que aquela “informação” atende os chamados critérios de “noticiabilidade”, os news values, e segue, consequentemente, as cláusulas pétreas da informação instituídas pelos princípios do “incomum”, do “anormal” e do “diferente” assim como do “sensacional”, do “surpreendente” e do “espetacular”.
Numa visão clássica, a notícia pode ser conceituada, como “um fato atual de interesse geral”. Uma definição tradicional e formal, mas simples por natureza. A imprensa tem fundamentalmente que divulgar (1) eventos, ações, acontecimentos, (2) reais ou virtuais (3) contemporâneos, atuais, empíricos, (4) que estejam fora dos padrões da ‘normalidade’ social e cultural e (5) que sirvam ao interesse público. Tudo o que atender a estes cinco pressupostos é notícia. Se algo não atender um destes itens, esqueça. O acontecimento é qualquer coisa, menos notícia.
Os critérios de noticiabilidade são aprendidos, compreendidos e adotados a partir de um processo de endoculturação acadêmica formal ou por meio de processo de sinergia simbólica existente na prática diária do newsmaking. Vale assim dizer que o processo pedagógico da notícia pode ser ensinado ou pode surgir por repetição ou mimese. É o caso de redações de jornais em que muitos profissionais não têm diploma, não frequentaram a universidade ou não estudaram os manuais, mas sabem, de uma maneira própria, o que é uma boa notícia e o que não passa de fofoca, de aleivosia ou de lixo.
A lógica da informação e da notícia
É verdade que, na rotina diária, não é nada simples para os jornalistas saberem “em primeira mão” o que é um acontecimento trivial (banal, normal, irrelevante) e o que é um acontecimento incomum, que mereça ser noticiado. Se a vida fosse fácil de interpretar, não haveria mistério, não haveria imprensa e não haveria necessidade das rotinas técnicas do newsmaking.
O jornalismo deriva exatamente do fato de que tudo o que foge ao padrão ético, estético, cultural, legal, social etc… torna-se objeto do interesse público e deve ser compartilhado, por meio dos canais da informação, para toda a sociedade. Apesar das “forças morais, legais e sociais” trabalharem para manter a sociedade dentro de um “padrão de normalidade”, os ‘indivíduos ou as ‘instituições acabam saindo rotineiramente dos ‘trilhos da banalidade’ e descarrilam em direção ao inusitado, ao insólito, ao estranho ou ao absurdo.
Logo, é a ruptura do pacto humano com o traço normal da realidade que faz com que se levante a necessidade do jornalismo vir a exercitar a “lógica da notícia” para que todos saibam claramente que o sistema foi quebrado. E é neste momento que os jornalistas saem das redações à caça da melhor foto, da melhor entrevista, da melhor informação, do melhor lide e do melhor furo. São os jornalistas os encarregados de transplantar para a linguagem jornalística, a partir dos princípios dos news values, os acontecimentos sociais.
Mesmo que, durante a autópsia da realidade, os acontecimentos não tenham uma lógica exata, que não exista uma estrutura necessária de causa-efeito, que não haja encadeamento orgânico entre as peças do quebra-cabeça e que não esteja configurada, de maneira patente ou latente, o princípio da verdade absoluta, os jornalistas tratam de encaixar as informações dentro das “fórmulas” do lidee da pirâmide invertida.
Normalmente (e obstinadamente), a apuração tem levado em conta as melhores possibilidades de informação e o parâmetro da verossimilhança. Depois que a notícia estiver exposta nas páginas dos jornais, dos telejornais, dos rádiojornais ou dos webjornais, é que a verdade começará realmente a ser conhecida.
A necessidade da informação e da notícia
A competição entre os aparatos de informação, formais ou informais, existentes na modernidade líquida e a profusão de canais midiáticos, tradicionais ou digitais, empurrou o sistema mass midiático a erigir uma espécie de “jornalismo selvagem”, que leva às ultimas consequências a disputa hiperbólica pela informação e a orquestrar, cotidianamente, uma “caçada hiperjornalística” pela conquista das notícias e das reportagens mais surpreendentes, mais interessantes, mais bizarras ou, de preferência, mais chocantes.
Não importa, muitas vezes, o preço social, cultural, ético ou legal deste “jornalismo selvagem”. O que vale, dentro deste processo de darwinismo informacional, é trazer para a redação, após o safári informacional diário, a cabeça da informação, a carcaça dos acontecimentos ou o escalpo do lide, e exibi-los, no meio da redação e nas páginas dos jornais, como troféus e medalhas. Perde-se, com frequência, o respeito, a consideração e a justa distância entre a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, a liberdade de comunicação em nome da liberdade da fofoca, da liberdade da chacota, da liberdade de invasão de privacidade, da liberdade da desonra e da liberdade da total falta de consideração aos princípios da civilidade e da humanidade.
Episodicamente, a discurso da liberdade de imprensa passa a servir como um manto para que o “jornalismo selvagem” possa exercer a liberdade de calúnia, a liberdade de difamação e a liberdade de injúria. Esquece-se que a liberdade de informar a sociedade e o interesse público estão limitados pelo ordenamento legal e que existem sim aparatos jurídicos que protegem a sociedade, as instituições e os indivíduos da invasão de imagem, da invasão de privacidade, da invasão da honra e da invasão da dignidade.
Ao invés disso, o “jornalismo selvagem” trata pessoas comuns, celebridades, crianças, seres indefesos, fatos não bem esclarecidos, como pedaços de carne, ossos e vísceras a serem estraçalhados dentro do açougue antiético da hipermodernidade líquida, num processo sem quaisquer valores morais, sem obediência aos princípios humanos e sem nenhuma consideração aos direitos do cidadão à vida, à dignidade e à sua própria liberdade.
Isto aparece no jornalismo tradicional, executado dentro das estruturas formais da imprensa, assim como no jornalismo cidadão, exercido “potencialmente” pelos bilhões de indivíduos, em nossa época, empoderados pelas novas tecnologias da informação e da comunicação, que passaram a permitir que a informação, oficial ou oficiosa, nascida de fatos ou de factoides, que obedece ao ordenamento real ou que emana dos escaninhos da imaginação surreal, possa retratar, de maneira viral, os acontecimentos sociais, para o planeta.
Qualquer pessoa, portadora de um smartphone, de umtablet, de um netbook ou de qualquer outro aparato tecnológico portátil (como um Apple Watch), pode ser um gerador e um transmissor de informações para o mundo. E, em geral, estas informações são retransmitidas para as telas do planeta, de maneira febril, como se fossem “notícias autênticas”.
A deturpação da informação e da notícia
O sistema mundial de produção, transmissão e recepção de informações transformou o processo dos news values. Os conceitos do “interessante”, “importante”, “valioso”, assim como do “sensacional”, do “espetacular” ou do “extraordinário”, além do “anormal”, do “estranho”, ou do “diferente” passaram a incorporar, de maneira normal e natural, categorias que não existam de maneira habitual nas páginas, nas telas ou nos aparatos analógicos ou digitais.
A lógica selvagem da informação leva o consumidor da informação a receber diariamente informações ou notícias com sua natureza “bizarra”, “mórbida” ou “inumana” como se estas pertencessem, de maneira normal, aos princípios da noticiabilidade.
Os casos mais recentes deste tipo de “informação selvagem” foram as “notícias” de selfies tirados por pessoas junto de cadáveres, relatos de selfies tirados durante o naufrágio de embarcações marítimas ou selfies tirados por pessoas durante tiroteio entre polícia e bandidos.
A ânsia macabra de o indivíduo mostrar que estava no exato momento do acontecimento confunde-se, na lógica da informação, com a necessidade social das pessoas tomarem conhecimento daqueles fatos. A notícia (como texto ou como imagem), feita por jornalistas ou por cidadãos, acaba se espalhando pelo mundo inteiro como se fosse um “produto” jornalístico e é consumida por milhões de pessoas em canais midiáticos convencionais ou não convencionais.
O mesmo acontece com “notícias” de vídeos de indivíduos que flagram cenas íntimas de mulheres, brigas no meio da rua, assassinatos realizados após discussões no trânsito, flagrantes de maridos ou esposas em motéis, corrupção de políticos, aventuras sexuais em locais insólitos, conversas profissionais gravadas sem autorização, aberrações ditas durante cultos religiosos e uma infinidade de outras situações sem nenhuma relação com jornalismo, notícia ou imprensa.
A questão é que, em nome da liberdade de informar, em nome do lucro, em nome da audiência, o “jornalismo selvagem” apropria-se destas situações bizarras e expõe estes acontecimentos na televisão, na internet, nos blogs, nas redes sociais e nas próprias páginas de jornais impressos.
Não podemos esquecer que telejornais da Rússia ou dos Estados Unidos inventaram a prática de mulheres, jornalistas profissionais, fazerem striptease durante o telejornal, ou de apresentadores apelarem para todos os tipos de encenações em nome da audiência, como abaixar as calças ao vivo, simular cenas de sexo ou levar para o palco acontecimentos ou pessoas que fazem parte do submundo bizarro.
A selvageria da informação e da notícia
Veja-se que os jornais, os telejornais e os webjornais passaram a noticiar com regularidade a rotina de celebridades trancafiadas em penitenciárias ou manicômios judiciários. Pegaram a rotina de pedófilos, de assassinatos, de estupradores ou de psicopatas e a transformaram em rotina noticiosa, a ser lida ou vista em redes de comunicação como se fossem produtos noticiosos absolutamente comuns.
Na verdade, transformaram as celebridades do crime, presas em cadeias, em celebridades midiáticas, para que as pessoas possam, de certa maneira, fuxicar a vida destas pessoas, consideradas como desajustados sociais “interessantes”, mas também para que as pessoas realizem um tipo de catarse psicológica, individual ou coletiva, ao espionar a vida alheia de outras pessoas, que se refestelam dentro das prisões, mas que não tem o mesmo direito à liberdade.
Desta forma, passamos a saber quando uma assassina se casa como um estuprador, quando um serial killer se converte a uma nova religião ou quando um pedófilo recebe perdão da ex-mulher. Ao invés da imprensa gastar espaço com notícias sobre os fatos da vida econômica ou política, utiliza-se tempo, dinheiro e esforços para que as pessoas saibam coisas fortuitas, absolutamente prosaicas, sobre a vida de pessoas que não participam da vida social de maneira equitativa por terem justamente transgredido as normas sociais.
Sabe-se, inclusive, e cada vez mais, quando as pessoas, famosas ou não, são condenadas por este ou aquele crime, quando entram e saem da cadeia e quando cometem alguma extravagância dentro dos presídios.
O jornalismo sensacionalista toma conta, neste momento, das páginas e das telas da informação e assume o controle e o governo da realidade midiática. Junto com a locução alucinada dos apresentadores em transmissões ao vivo de acontecimentos policiais, normalmente trágicos, a imprensa vale-se das pautas geradas pelo submundo do crime para alimentar o imaginário e o cabedal cultural dos indivíduos.
A imprensa acaba inventando a “crônica social da penitenciária”, misturada com a “crônica social do jet set internacional” e com a “crônica social das celebridades instantâneas”, sempre às voltas com novas plásticas, novas aventuras amorosas ou novos divórcios escandalosos.
O nonsense da informação e da notícia
A equação é simples. Há muitos canais de comunicação. Há muitas plataformas tecnológicas. Há muitas possibilidades de produção e distribuição de informações e, sobretudo, há muitas pessoas em todo o planeta ansiosas para consumirem qualquer coisa que a sociedade midiática dê para elas.
O resultado é que atos e fatos que normalmente ficariam restritos ao universo das coisas bizarras passam a circular com naturalidade na sociedade da comunicação ou da informação. São coisas “anormais”, mas que oscilam do absurdo, meio macabro, até a aberração mórbida, nojenta ou repugnante.
Sabemos que nossas fezes agora podem ser coloridas. Para isso, basta tomarmos uma cápsula especial, com tinta e gliter, para que nossos excrementos tenham a cor amarelada, azulada, alaranjada ou roseada.
Conhecemos um cidadão norte-americano, morador de Las Vegas, que vendeu um de seus testículos. O preço foi de 30 mil dólares. O dinheiro serviu para ele realizar um sonho: comprar o automóvel que ele tanto queria.
Ficamos sabendo, por meio de texto e de imagens, que um jovem trabalhador de uma rede de lanchonete nos Estados Unidos passou maionese num dos lanches com o próprio pênis. Ele postou a foto no Instagram.
Numa província dos Estados Unidos, ladrões invadiram uma residência e fumaram as cinzas do corpo cremado de uma mulher. Quando o dono chegou em casa viu tudo revirado e as cinzas espalhadas pelo chão. Os policiais acreditam que os ladrões pensaram que as cinzas eram cocaína.
O holandês Leo Bontem teve que amputar sua perna direita por causa de uma grave infecção. Ele decidiu, entretanto, levar o membro para casa e transformá-lo num abajur. Tentou vender, sem sucesso, a peça na internet por mais de US$ 100 mil.
Uma mãe, na cidade de Middlesbrough, na Inglaterra, confessou para autoridades ter presenteado sua filha de treze anos com três pílulas de Ecstasy (a droga da felicidade). O resultado é que a filha e os outros quatro irmãos foram encaminhados para orfanatos locais.
Na Espanha, um projeto de pesquisa recompensou vários voluntários com uma ajuda mensal de US$ 100 dólares. Eles precisavam fazer apenas uma coisa. Doar suas fezes, periodicamente, para que os estudiosos fizessem seus estudos e análises.
Os inventores japoneses apresentaram em 2014 umas das inovações mais insólitas da humanidade. Eles criaram camas pequenas, com lençóis e travesseiros, para que a população possa colocar seu dinheiro para dormir durante a noite. Eles acreditam que o dinheiro é a coisa mais importante para os cidadãos e que o cuidado com ele trará sorte e prosperidade.
No Iraque, um grupo de aspirantes a homem-bomba acabou sendo morto nos arredores da capital do país, Bagdá. O instrutor do grupo estava ensinando os aspirantes a usarem as bombas quando fossem para a guerra. Entretanto, ele se confundiu e apertou o botão do explosivo sem querer.
A liquidez da informação e da notícia
A primeira lição que a sociedade da informação e da comunicação tem implantado na civilização humana é de que, como fala Zygmunt Baumam, todos os princípios, paradigmas e valores estão sendo reformatados e adequados a uma hipermodernidade liquida, onde a fluidez e a liquefação de todas as certezas tornaram-se os imperativos éticos e culturais desta época.
Não há mais regras ou normas rígidas na informação que circula pelas redes etéreas da sociedade na medida em que todos os indivíduos tornaram-se os protagonistas da nova esfera pública e passaram a arbitrar, de acordo com suas lógicas e suas conveniências, o que irá aparecer, viralizar e ser submetido ao julgamento do “compartilhar”, do “comentar” ou do “curtir”.
Todas as coisas – a roupa, a culinária, a tecnologia, o amor ou a verdade – passaram a ser submetidas ao sistema ininterrupto, frenético, fantasioso e vazio de produção e circulação de desejos, vontades e sensações. Não importa saber se existe amor, verdade, jornalismo. O que importa é consumir, circular, curtir, sentir e vibrar a experiência protética e vicária dos acontecimentos reais ou virtuais, simulados ou dissimulados pela tecnologia, para que os indivíduos pensem estar “conhecendo”, “vivendo” ou “gozando” a realidade.
Neste processo, o “jornalismo selvagem” tornou-se reflexo da sociedade assim como a sociedade tornou-se reflexo do jornalismo. Se a libertação total da informação se deu por meio das tecnologias da informação e da comunicação, permitindo a qualquer cidadão criar, dividir e multiplicar a sua percepção da realidade, o jornalismo cidadão ou o jornalismo convencional passaram a obedecer a lógica líquida deste hiper-ensandecida hipermodernidade.
Osnews values e o newsmaking acabam reformatados para incorporar a versão bizarra da realidade, com suas aberrações, suas excentricidades e suas assombrações macabras. No primeiro momento, perde a sociedade porque esvazia-se o espaço e o discurso da economia, da política e da cultura. Mas, num segundo momento, a sociedade ganha, porque aumenta vertiginosamente a oferta e o consumo de fantasias, de delírios e de alucinações.
No final, ninguém pode mais se queixar que não sabe mais o que acontece no mundo. O “jornalismo selvagem” mostra tudo o que está acontecendo, ao vivo e a cores, de maneira nua e crua, sem dó nem piedade.
O jornalismo selvagem
O “jornalismo selvagem” representa a expressão pura da era da liberdade total, da vacuidade de paradigmas e da transmutação de valores morais. Ele é um reflexo da erosão das grandes epistesmes e, ao mesmo tempo, a ânsia do sujeito hipermoderno tomar as rédeas de sua própria vida, de sua própria história e de seu próprio destino.
Em síntese, o “jornalismo selvagem” seria aquele que, em tese, abarcaria todas as possibilidades reais, hiper-reais ou surreais de discursos sobre os fatos ou os registros da história contemporânea, narrados ao vivo, transmitidos online e registrados e distribuídos pelas tecnologias mais avançadas, por especialistas em processamento de informação ou por qualquer indivíduo, portador de tecnologias de informação e de comunicação.
Este novo paradigma da informação acaba misturando no mesmo “leito comunicacional” a transmissão global e simultânea de notícias ou de fofocas, de fatos ou de versões contraditórias dos fatos, de verdades ou de meias-verdades, do estranho e do hiper-estranho-e-bizarro, de atos insólitos ou de atos coprofágicos, de excentricidades individuais ou de aberrações sexuais, de notícias trágicas ou de hiper-espetáculos hiper-trágicos e hiper-sensacionais.
Neste novo hiper-universo, o mundo das “notícias reais”, isto é, dos “fatos atuais de interesse público e geral”, passa a conviver, harmoniosamente, com notícias hiper-reais, isto é, com fatos mórbidos, delírios, alucinações, aberrações, ficções ou hiper-bestialidades.
Em nome da liberdade e da igualdade entre os indivíduos e do livre trânsito da informação, o sistema disruptivo da notícia aceita todas as manifestações dos indivíduos como direito de expressão, direito de informação e direito de liberdade. Em nome dos direitos dos indivíduos, a notícia aceita retratar as vísceras do mundo, as vísceras da realidade e as vísceras da própria notícia!
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Leandro Marshall é jornalista, professor e escritor