Muitas bancas francesas amanheceram nesta quarta-feira [14/1] com longas filas de pessoas à espera para comprar a edição especial do Charlie Hebdo, publicado uma semana depois de a sede do jornal satírico ser atacada pelos irmãos Kouachi. Cinco milhões de exemplares foram colocados à venda (muito maior do que a tiragem usual de 50 mil), e as cópias começaram a se esgotar minutos depois da abertura dos estabelecimentos. “Foi incrível. Tinha filas de 60 ou 70 pessoas”, relatou uma vendedora de uma banca no Centro de Paris à agência AFP. “Nunca tinha visto nada parecido. Os meus 450 exemplares foram vendidos em 15 minutos.”
Cópias serão doadas às famílias das 12 vítimas do atentado terrorista do dia 7 de janeiro. As bancas devem receber novos exemplares nos próximos dias. Serão distribuídos 500 mil por dia.
Críticas
A capa, que mostra Maomé chorando e segurando uma placa com a frase “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie), lema das manifestações contra o atentado e em apoio à liberdade de expressão, foi alvo de críticas pelas autoridades muçulmanas e dividiu a imprensa.