Excelente programa. Deveria ser reprisado, passado para estudantes, divulgado. Parabéns ao Dines e aos três participantes (Marília Bandeira, programadora visual, Rio de Janeiro, RJ)
Programa do OI de 13/01/2015
Caro Alberto Dines, em primeiro lugar gostaria de comentar que aprecio muito o seu trabalho e a abrangente visão que nos propiciam o site e o programa Observatório da Imprensa. Procuro nunca perder a edição do Observatório da Imprensa que vai ao ar pela TV Brasil nas terças-feiras. Com relação ao programa que foi ao ar ontem (13/01), gostaria de fazer uma pequena crítica construtiva. A certa altura do programa, você afirma que a França inventou o laicismo e que a França é o país mais laico do mundo. Eu discordo desta opinião, pois no meu entender, o país mais laico do mundo é o Uruguai. O Uruguai tem uma separação de fato entre Estado e Igreja, separação esta decretada em 1917 pelo presidente José Batlle y Ordóñez. Um exemplo do completo laicismo do Uruguai é que, de acordo com a edição brasileira do El País, “o Uruguai tem o único calendário laico bem-sucedido no mundo cristão, como reconheceu o novo cardeal Sturla em um de seus artigos teológicos, depois de compará-lo com os fracassos da Revolução Francesa e da Revolução Russa, que conseguiram efêmeras abolições do calendário gregoriano”. Recomendo a leitura deste excelente texto – http://brasil.elpais.com/brasil/2015/01/06/internacional/1420514069_836718.html. Saudações (Paulo Rosa, aposentado, Porto Alegre)
Os cartuns
Com toda a razão, os católicos se sentiram agredidos em sua fé com a depreciação da figura de Jesus no filme A Última Tentação de Cristo, de Martin Scorcese. É honesto o mundo perguntar agora a que ponto se sentem agredidos em sua fé mulçumanos de todo o planeta vendo o fundador de sua religião ridicularizado persistentemente diante da produção semanal de cartuns de uma imprensa merecedora de ser chamada panfletária, do tipo do primeiro império no Brasil, com liberdade total para injuriar, caluniar, difamar e liberar violência física e mortes entre ofensores e ofendidos. A liberdade de imprensa tem limite, sim. Numa democracia, orgulho do Ocidente, sabemos todos que esse limite é não ultrapassar as fronteiras da lei, da ordem, da ética. Mas é ingenuidade delirar preceitos jornalísticos universais sabendo-se que por trás da produção de cartuns ignominiosos a Maomé se trava um confronto entre povos. Os cartuns panfletários configuram uma tática de guerra para desmoralizar inimigos sem qualquer valor ético para reclamar atentado à liberdade de imprensa (Apóllo Natali, jornalista, São Paulo, SP)
Caso Lusa/Héverton
Gostaria de saber qual a opinião de vocês em relação à atuação da mídia esportiva no caso apelidado de Lusagate, que se refere à compra da vaga da Portuguesa na primeira divisão do campeonato brasileiro de 2013. É fato que alguns jornais e sites esportivos publicaram no sábado, antes do jogo entre Flamengo e Cruzeiro, que o jogador André Santos, do Flamengo, não poderia atuar por ter sido suspenso. No domingo ninguém falou nada sobre o assunto, nem mesmo os que divulgaram antes que o jogador não poderia jogar. Essa omissão de informação prejudicou todo o campeonato e fez todos os torcedores de bobos, além de ter contribuído para que a Portuguesa cometesse o mesmo “erro” escalando no dia seguinte o jogador Héverton, que também estava suspenso. Eu destaquei a palavra “erro” porque agora já foi revelado pelo MP de São Paulo que foi proposital a escalação do jogador Héverton da Portuguesa, e não um erro. Portanto, me parece suspeita a atitude desses meios de comunicação que, mesmo sabendo de um furo de reportagem que mexeria com quase toda parte de baixo da tabela, não deu um pio (Cleber Vieira, arquiteto, Nilópolis, RJ)