Monday, 23 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Governo italiano lança campanha contra a anorexia

O governo italiano e a indústria de moda nacional resolveram unir forças em uma campanha contra a anorexia entre modelos, que inclui o compromisso com o aumento da modelagem das roupas nas coleções de estilistas.

O gabinete do primeiro-ministro afirmou que, esta semana, será assinado em Roma um código de auto-regulação para a tão competitiva indústria de moda. O problema da anorexia entre modelos já havia sido debatido em semanas de moda este ano. Em setembro, a de Madri proibiu que modelos com índice de massa corporal abaixo de 18 desfilassem – pessoas com índice menor que 18,5 são consideradas abaixo do peso normal para a altura.

A campanha para combater o distúrbio alimentar parece ter sido impulsionada de vez, entretanto, depois da morte da modelo brasileira Ana Carolina Reston, de 21 anos, em novembro. Ela tinha 1,72 m e pesava apenas 40 quilos.

‘O governo e associações de moda fizeram uma aliança estratégica para seguir o mesmo caminho na luta contra a anorexia’, afirmou a ministra da Juventude e Esportes, Giovanna Melandri. Há algumas semanas, Giovanna pediu à indústria de moda que se empenhe em colocar tamanhos de roupas maiores em suas coleções, ao invés de diminuir cada vez mais os números apresentados nas passarelas.

Modelo saudável

O código de conduta não foi estipulado com a intenção de impor algo a alguém, afirmou Stefano Dominella, presidente de uma associação de lobby para o setor de alta costura em Roma. O objetivo, diz ele, é ‘regular o mundo da moda, para que nós não sejamos apontados como responsáveis por fatos dramáticos nas notícias’.

A campanha afirma que o tão glamouroso mundo da moda deve passar a dar importância a um ‘modelo de beleza saudável, ensolarado, encorpado’ – ‘o modelo mediterrâneo que a Itália sempre apresentou’ ao cenário internacional.

Barradas na passarela

No Brasil, a morte de Carol Reston parece ter abalado a principal semana de moda do país. A São Paulo Fashion Week resolveu barrar modelos menores de 16 anos em suas passarelas como parte de um esforço para aumentar a conscientização sobre distúrbios alimentares entre estas jovens profissionais – e entre as meninas comuns que sonham em ser como elas. Informações da AP [16/12/06].