A crise sofrida pelos jornais americanos está longe de chegar ao fim. A tiragem continua caindo, na medida em que os jovens acessam cada vez mais a internet, e o lucro com anúncios e classificados está cada vez menor, como noticia a Economist [20/4/06]. Em 2005, acionistas da Knight Ridder, segundo maior grupo de jornais dos EUA, forçaram a venda da empresa. Na semana passada, o banco de investimentos Morgan Stanley, que detém 5,6% da New York Times Company, lançou uma campanha de ataque ao grupo.
As ações da New York Times Company caíram 30% nos 12 meses antecedentes a março. Os lucros operacionais também apresentaram queda nos últimos três anos. Como a estrutura de liderança da companhia é dividida, e a família Sulzberger possui quotas especiais que dão direito a eleger nove dos 13 diretores do conselho, o Morgan Stanley reclama que os outros investidores acabam impotentes nas decisões de escolha da diretoria. Como protesto, o banco recusou-se a votar no conselho de diretores no encontro anual do grupo.
Arthur Sulzberger, presidente da New York Times Company, e a executiva-chefe Janet Robinson são também criticados por não estarem fazendo um bom trabalho administrativo. ‘Eles não estão pensando estrategicamente do modo esperado em uma franquia tão poderosa’, afirma Lauren Rich Fine, analista do Merrill Lynch.