O semanário global está complicado: na edição anterior (n? 149), junto com a Folha, veiculou o tal boato de que havia uma fabulosa fita, raspa da safra do BNDES, valendo 20 milhões de reais no mercado dos arapongas.
Para redimir-se, na capa da edição desta semana (n? 150, pág. 36-40) saiu com a mirabolante revelação "Como negocia a gangue do grampo". Na verdade são dois pé-rapados oferecendo à revista uma não-fita sobre um não-escândalo. Tudo para justificar uma não-matéria publicada sabe-se lá por quê.
Mesmo assim lá está o nome do indefectível ACM no meio da trapalhada.
E como se não bastasse este vexame, outras pérolas da mesma edição:
** Para ilustrar a matéria "Pesadelos petistas" (pág. 41), foto de presidiários gaúchos acorrentados com a seguinte legenda: "A polícia militar do Rio Grande do Sul, comandada pelo governador Olívio Dutra, acorrenta presos…" etc. etc. Como se a responsabilidade pela estúpida legenda pudesse ser atribuída a um dos Marinho.
** Para limpar a barra junto à alta direção global, uma página dupla no melhor estilo marrom contra o juiz Siro Darlan, do Rio de Janeiro, aquele mesmo que criou embaraços para a novela Laços de Família. O "escândalo" que a revista anuncia envolvendo o juiz Darlan é a autorização para que Jorgina de Freitas, a maior fraudadora do INSS, preste serviços comunitários em creche da 1? Vara de Infância e Juventude, do Rio, da qual o magistrado é titular. Acontece que o STF foi o responsável pela sentença que permitiu que a criminosa cumprisse pena em regime semi-aberto. Darlan apenas aproveitou para fazer sua onda. Como a Globo não pretende enfrentar o Supremo Tribunal Federal, prefere pegar na esquina o pequeno desafeto.
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