DIRET?RIO ACAD?MICO
ESTAGIÁRIO ESPERTINHO
Três jornais americanos não conseguiram confirmar dados de mais de 17 reportagens escritas por Eric Drudis, estudante do quarto ano de Jornalismo que faz estágio na agência de notícias da Escola de Jornalismo Medill, que fica em Evanston, perto de Chicago. Alegam que ele fabricou dois artigos para a faculdade, conta Sasha Talcott [The Daily Northwestern, 28/3/01]. Drudis se formaria em junho, mas, com as suspeitas, seu programa de graduação foi suspenso, embora mantenha o direito de receber o diploma de bacharel.
Um dos artigos mostrou um garoto de 9 anos preso 70 vezes nos últimos dois anos. Outro conta a história de uma menina de 15 anos que esmurrou seu namorado do colégio por se recusar a beijá-la. As histórias foram reproduzidas em novembro do ano passado no Times do nordeste de Indiana, no Daily Herald e no Daily Southtown.
Drudis não responde a telefonemas ou e-mails. Em dezembro, disse ao San Jose Mercury News, da Califórnia, que não fabricou as fontes. Após o incidente, jornais nos quais Drudis estagiou iniciaram investigação sobre seus artigos. Após extensa busca, editores do Mercury, do Daily News de Filadélfia e do San Francisco Examiner afirmaram não ter conseguido provas da existência de mais de 30 fontes de 17 reportagens do estudante ? seja em cadastros eleitorais, em carteiras de habilitação, nos registros de empresas ou de bens, na busca de pessoas no Yahoo! nem nas listas telefônicas.
Diretores da Medill se recusaram a comentar o episódio, dizendo que é ilegal discutir a ação disciplinar de um aluno segundo o Ato de Privacidade e os Direitos Educacionais da Família. O reitor Ken Bode afirmou em e-mail a estudantes e professores que espera que as acusações estimulem os alunos a reafirmar seus compromissos com a precisão jornalística.
Os antigos editores de Dudris concordam que o estudante terá dificuldades para fazer carreira jornalística, mas afirmam que o incidente não feriu a reputação da Medill.
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