Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Novelas para exportação

QUALIDADE NA TV

GLOBO NOS EUA

As Organizações Globo finalizaram acordo de cinco anos com a americana Telemundo. Hispânicos residentes nos EUA terão, anualmente, um mínimo de 300 horas de programação da Rede Globo com dublagem em espanhol. É o primeiro acordo dessa natureza que o maior conglomerado midiático da América Latina realiza nos Estados Unidos, dizem John Hopewell e Mary Sutter [Variety, 3/4/01].

A parceria nasceu em 30 de março, em Cannes, na França. Após meses de conversa, decidiu-se que o acordo se pautará principalmente pelas "quentes" novelas da Globo. "É um dos dois principais acordos internacionais que fizemos nos últimos 10 anos", afirmou Carlos Alberto Simonetti, vice-presidente sênior da TV Globo International. O outro foi o contrato de exclusividade de cinco anos com a SIC, principal emissora privada portuguesa, realizado em agosto passado. A Telemundo já está transmitindo um dos maiores sucessos novelísticos no Brasil, Terra Nostra.

PROPAGANDA POLÍTICA

A propaganda política na TV americana deve ficar bem mais barata em breve. A proposta de queda de preço foi aprovada pelo Senado, após cansativo debate, por 59 votos a 41. Culpando o crescente custo dos anúncios políticos na mídia, parlamentares aprovaram emenda que fortalece a norma da Comissão Federal de Comunicações (FCC) de exigir das emissoras o oferecimento de taxas com desconto a candidatos políticos [veja remissão abaixo].

A legislação, que está agora na Câmara dos Deputados, solicita que emissoras vendam espaço para propaganda política pelo preço mais baixo registrado nos últimos anos para cada horário. TVs a cabo e via satélite, segundo Pamela McClintock [Variety, 3/4/01], também foram incluídas nas novas leis, mas o impacto será mínimo, uma vez que pouquíssimos candidatos anunciam nesse meio.

Edward Fritts, executivo-chefe da Associação Nacional de Emissoras (NAB), travou intenso porém fracassado lobby. Afirmou que a reforma da legislação é inconstitucional, porque restringe a liberdade comercial. Para ele, é uma bênção para os políticos, que simplesmente comprarão cada vez mais tempo comercial.


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