Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Atentado a jornalista

MONITOR DA IMPRENSA


ESPANHA

Na terça-feira, dia 15, o jornalista espanhol Gorka Landaburu recebeu uma carta-bomba em sua casa, na região basca espanhola. Segundo a Associetd Press [15/5/01], acredita-se que o atentado tenha sido de autoria do grupo separatista basco ETA (Pátria Basca e Liberdade). A explosão aconteceu dois dias depois que os partidos políticos ligados ao ETA sofreram grande derrota para o Partido Nacionalista Basco, moderado. O jornalista sofreu ferimentos no rosto e nas mãos, mas está fora de perigo.

Landaburu, repórter da revista Cambio 16 e de uma estação de TV nacional, vem de uma conhecida família na região, onde seu irmão dirige uma edição regional do jornal El Pais. Dizem que os dois estão na lista negra do grupo separatista, e que têm recebido ameaças do grupo.

Nas eleições parlamentares de domingo, a representação de um partido separatista basco aliado ao grupo terrorista foi reduzida à metade ? de 14 cadeiras para apenas sete (o Parlamento basco tem 75 cadeiras). O ETA já matou 29 pessoas desde o fim do cessar-fogo em dezembro de 1999, e é responsabilizado pela morte de 800 pessoas em 33 anos de violenta luta por um Estado independente no norte da Espanha.

LOBBY EM WASHINGTON

Na terça-feira, dia 16, o Senado americano ouviu dirigentes do Serviço Postal sobre os recentes aumentos de preço, que chegaram a 12,5% nos últimos seis meses. No dia seguinte, a discussão continuou na Câmara dos Deputados, para ouvir pessoas afetadas pela alta das tarifas e os sindicatos dos empregados dos correios. Depois dos aumentos e de duas tentativas de lobby que custaram caro aos editores de revistas, o Capitólio resolveu finalmente dar atenção à reforma do sistema, disse Robert Schmidt [Inside, 14/5/01].

Os editores estão furiosos com o aumento de 2,6% na remessa de publicações, anunciado no dia 8 de maio, que poderá lhes custar 50 milhões de dólares; em janeiro houve outro, de 9,9%. O trabalho de lobby em Washington, iniciado em 2000, chegou a custar 10 milhões de dólares, e parece não ter alcançado o sucesso esperado.

Os editores querem que o Correio congele a contratação de funcionários e que comece a cortar alguns dos 797 mil que trabalham em período integral. Além disso, desejam que sejam fechadas 100 agências subutilizadas, o que poderia gerar economia de até 4 bilhões de dólares, segundo cálculos da MPA (associação de editores de revistas).

O Serviço Postal e muitos congressistas consideram tais exigências irreais. O senador republicano John McHugh, que trabalha na reforma do setor há mais de cinco anos, está preparando uma lei que deve estar pronta em algumas semanas: maior flexibilidade na mudança de preços, revisão no processo de estabelecimento das tarifas e autorização aos Correios para negociarem descontos em contratos de envio em larga escala.


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