Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Leonardo Feijó

MERCADO

"Donnelley Cochrane quer ampliar presença no Rio", copyright O Globo, 11/06/01

"O grupo Donnelley Cochrane, líder no mercado nacional de livros, com 15% do segmento, está ampliando a presença no Rio em busca de novos negócios e investirá até o fim do ano R$ 4 milhões no país.

Sediado em São Paulo mas atendendo grandes clientes em todo o Brasil, o grupo adquiriu em 1999 as editoras Hamburg e Círculo do Livro – em investimentos de US$ 50 milhões – e registrou faturamento de US$ 40 milhões em 2000. Com os investimentos realizados esse ano e a maior proximidade do mercado carioca, a Donnelley espera faturar US$ 60 milhões em 2001.

E teve que redirecionar parte dos US$ 4 milhões que planejou investir no país em 2001. Do total, US$ 1 milhão foi usado na aquisição de geradores de energia elétrica.

O vice-presidente da Donnelley Cochrane, Vladimir K. Ranevsky, diz que é fundamental estar no Rio, o segundo maior mercado no país, e que a crise energética levou o grupo de origem estrangeira a redirecionar parte do orçamento – R$ 1 milhão – para a compra de geradores.

– O setor ainda aguarda os resultados das medidas do governo para tomar decisões, mas a compra de geradores era fundamental para garantir a operação. Claro que esse investimento em geradores não estava previsto, mas podemos repassar isso para os clientes.

A Donnelley Cochrane trouxe para o Brasil tecnologias para melhorar a qualidade da impressão que diminuem em cerca de quatro dias o tempo para a confecção de um livro com tiragem média de três mil unidades. O grupo tem participação na gráfica Globo Cochrane, pertencente às Organizações Globo.

Resultado da união das Organizações Globo com a subsidiária chilena Cochrane, pertencente ao grupo americano R.R. Donnelley, a Globo Cochrane nasceu em 1992 e está instalada na cidade de Vinhedo, interior de São Paulo. É hoje uma das mais conceituadas gráficas, com portfólio comparado ao de empresas européias e americanas."

"Novo diário no Sul", copyright no. (www.no.com.br), 11/06/01

"Um novo diário gaúcho circula a partir de 2 de julho com tiragem inicial de 100 mil exemplares. O Sul é de propriedade da TV Pampa (retransmissora da Record). O diário terá tiragem inicial de 100 mil exemplares."

CENSURA DE LERNER?

"Delegado é afastado por liberar jornal", copyright Folha de S. Paulo, 5/06/01

"O delegado Armando Marques Garcia, da Delegacia de Estelionato e Roubo de Cargas do Paraná, foi afastado ontem do cargo por ter liberado uma carga de 100 mil jornais do Fórum de Luta por Trabalho, Terra, Cidadania e Soberania com ataques ao governador Jaime Lerner (PFL). Garcia foi comunicado do afastamento pelo diretor-geral da Polícia Civil, Leonil Ribeiro, durante a manhã.

A liberação ocorreu no fim da tarde de sexta. O governo também tenta abrir caminho para processos de cassação por falta de decoro parlamentar de três deputados estaduais, um federal e cinco vereadores de Curitiba. Eles acompanharam Léa Okseanberg, responsável pela publicação, em depoimento no dia da liberação.

A intenção do governo foi ironizada e desagradou seus aliados na Assembléia Legislativa. ?O governo está mal orientado sobre processos de decoro parlamentar?, disse o presidente da Assembléia, Hermas Brandão (PTB).

Em nome da pessoa do governador, o advogado José Cid Campelo buscava provas ontem de que a carga só foi liberada porque o delegado teria sido submetido a ?constrangimento pelos deputados e vereadores?. ?Temos testemunhas de que houve pressão?, disse o secretário de Governo, José Cid Campelo Filho.

O delegado negou. ?Não fui pressionado?, afirmou Garcia na tarde de ontem, quando ainda aguardava o comunicado oficial de seu afastamento. ?Não era um caso de polícia, mas uma questão judicial, cabível na Lei de Imprensa. Meu cargo não está ao sabor do chefe, nem admito servir de arma na guerra dos outros.?

A carga de jornais havia sido apreendida na quarta-feira da semana passada em frente à sede da CUT (Central Única dos Trabalhadores), em Curitiba, pela Receita Estadual. O governo informou inicialmente que a apreensão se deu por falta de nota fiscal, mas a documentação que acompanhava a carga derrubou a tese.

Advogados do governador entraram então na Justiça com queixa contra o conteúdo do jornal, tratado como um ?panfleto difamatório? contra o governador.

Na sexta-feira, o delegado de Estelionato e Roubo de Cargas liberou o material uma hora antes de o governador obter liminar a um mandado de segurança por injúria, calúnia e difamação na 16? Vara Cível de Curitiba. Com a liminar, uma parte dos jornais voltou a ser apreendida na CUT."

    
    
                     

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