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"A América Online não divulga números sobre sua atuação no Brasil, mas tem muito o que comemorar. O portal é a grande novidade da décima edição da pesquisa Internet Pop do Ibope – pela primeira vez aparece entre os três provedores de acesso mais utilizados. A AOL superou o Terra e ocupa o terceiro lugar, atrás do iG (em primeiro) e do UOL. Na pesquisa passada, realizada em dezembro, o Terra ocupava a terceira posição.

A pesquisa do Ibope mostra os primeiros resultados das campanhas de popularização do provedor número um do mundo no Brasil (leia AOL quer atrair internauta de primeira viagem). Enquanto a AOL subiu, os dois provedores mais usados registraram queda – de 4% (iG) e 5% (UOL).

O estudo mostra ainda que o total número de domicílios brasileiros com acesso à internet (que utilizam provedores) diminuiu seis pontos percentuais. A principal razão apontada pelos entrevistados foi o preço alto das tarifas telefônicas.

A pesquisa Ibope mostra os efeitos que a desativação de serviços gratuitos de acesso causaram no mercado: houve um aumento nos domicílios com provedores pagos de 4%. O instituto entrevistou mais de 15 mil pessoas em 9 regiões do país.

Segundo o Ibope, quase metade (49%) dos internautas brasileiros acessam a rede de casa, enquanto 37% o fazem do trabalho. Universidades e escolas são usadas como meio de acesso à web por 19% dos entrevistados.

"A nova fase que as empresas pontocom começam a viver deve trazer a consolidação desse mercado e permitir uma expansão ainda maior dos serviços de Internet, principalmente por meio da banda larga, nos próximos anos.

Ontem, durante o Seminário Estratégias Gerenciais para a Nova e Turbulenta Economia, promovido em parceria pelos jornais o Estado e The Wall Street Journal, executivos da área de telecomunicações e informática mostraram otimismo em relação às perspectivas para a nova economia na América Latina e, especialmente, no Brasil.

O presidente da Globocabo, Moysés Pluciennik, afirmou não ter dúvidas sobre o fato ?quase inabalável? de que a banda larga veio para ficar. ?Todo esse investimento feito agora poderá não ser suficiente diante das possibilidades que virão no futuro.? Ele destacou o rápido crescimento desse mercado nos Estados Unidos, prevendo um fenômeno semelhante no Brasil.

Segundo Pluciennik, entre 6 e 7 milhões domicílios nos Estados Unidos — cerca de 10% – já estão conectados à rede de banda larga. ?Tudo isso em apenas três anos?, observou. ?Essa talvez seja a ferramenta tecnológica mais bem-sucedida na história da humanidade.? A Globocabo tem hoje no País 35 mil quilômetros de cabeamento em 45 cidades, atendendo a 6,5 milhões de residências.

O diretor da Global Crossing, Luís Carlos Pinto Correia, disse que a ampliação dos serviços de banda larga permitirá maior competitividade e produtividade para as empresas digitais. ?Os investidores buscam empresas que apresentem sinais de lucro.? E bons resultados é o que não faltam, principalmente, em relação aos serviços virtuais oferecidos pelas instituições financeiras brasileiras. ?Nesta área, o Brasil tem uma das tecnologias mais avançadas do mundo?, afirmou o executivo da Patagon Brasil Michael Esrubilsky.

Líder – Especialistas em tecnologia digital de comunicação e gerência business-to-business (B2B) também previram um grande avanço do setor para o País nos próximos anos. A diretora-geral da Avaya na América Latina e Caribe, Elizabeth Garcia, calcula em US$ 10,8 bilhões o potencial de crescimento para o mercado de e-commerce na região. O Brasil, segundo ela, já é líder isolado na categoria, concentrando 70% do mercado eletrônico entre os países latino-americanos. ?Mas ainda é necessário o País expandir o acesso a computadores entre a população, com a conexão à Internet?, disse a empresária. A estimativa, para a diretora da IDC Consulting, Annika Alford, de é que o número de usuários da Internet salte dos atuais 15 milhões para 75 milhões até 2005.

?O potencial da região é realmente enorme?, concordou o diretor-executivo da SAP, Raul Vejar, com cerca mil clientes na América Latina. Para o diretor-geral da Neoris, Martin Hecker, a participação de pequenas empresas é essencial. ?Ninguém desenvolve grandes inovações sozinho?. A conferência será encerrada hoje, com painéis temáticos sobre a publicidade na Internet e a questão da velha economia versus nova economia."