BAIXARIA & VIOLÊNCIA
"O mau gosto da tela, no papel", copyright O Estado de S. Paulo, 8/07/01
"A revista Quem que circulou na semana passada trazia 14 nomes de celebridades na capa. Dez deles eram de gente de televisão. No miolo, havia 22 matérias. Delas, 13 tinham por tema astros ou estrelas da TV. Não foram contabilizadas as seções de miscelânea, que apresentam personalidades e assuntos variados, mas era suficiente bater os olhos nelas para ver o que mais continham: pessoas de televisão. O exemplo de Quem, tomado ao acaso, se repete nas demais revistas voltadas às peripécias de criaturas famosas, como Caras, Chiques & Famosos, Contigo! etc. A despeito do momentoso frenesi em torno do filho em gestação de Gugu Liberato, a inflação de televisivos na imprensa de amenidades não é menor em outra semana. E também é aguda na imprensa ?séria?, onde há tempos transbordou das seções especializadas para as páginas principais. Há tanta televisão na mídia impressa, atualmente, quanto na própria telinha.
A adoção da TV como pauta prioritária da imprensa reflete, certamente, o quanto ela avançou sobre o imaginário coletivo e a dimensão que ocupa no espaço público contemporâneo. Mas também constitui um dado, nunca considerado, do seu problema cultural. Em que medida a mídia impressa é responsável, ela também, pela baixa qualidade da programação da TV? Qual o seu papel na difusão e sustentação de atrações televisivas de mau gosto, vulgares e intelectualmente indigentes? Ao explorar à exaustão a popularidade dos artistas, indiferente aos seus compromissos éticos e estéticos, a imprensa não se iguala aos programadores de TV mais inconseqüentes, que põem no ar qualquer coisa, desde que produza dinheiro?
Vamos ao ponto: a imprensa interfere dramaticamente na correlação de forças entre emissoras de TV. Interage com os programas e as personalidades televisivas, ampliando sua repercussão e firmando conceitos a seu respeito, independentemente da audiência que ostentam. Orienta os padrões de julgamento tanto dos telespectadores quanto dos realizadores. Como os antigos césares, pode condenar à morte ou doar sobrevida às atrações da telinha, bastando-lhe levantar ou baixar o polegar. Se não influir sobre o ânimo do público e dos executivos de TV, como quase sempre ocorre, provavelmente sensibilizará os anunciantes, que detêm a seiva vital do negócio.
A imprensa está presa a um círculo vicioso. Para enfrentar a competição em seu mercado, que se acirrou muito com o surgimento de novas publicações e sites na Internet, ela precisa faturar mais, aumentando a vendagem. Para vender, recorre à popularidade dos astros da TV, promovendo-os incansavelmente. De olho no poder comercial dessas criaturas, a televisão, por sua vez, não pára de fabricá-las. E a imprensa as acompanha, promove, exalta, suga até a última gota. O processo se realimenta, em moto contínuo.
Bundas que cantam, estrelinhas debilóides, galãs obtusos, animadores boçais, espertalhões exploradores, a fauna inesgotável de ignorantes e medíocres. É hipócrita combatê-los no vídeo e usá-los para encher páginas de textos gentis e fotos magníficas. A baixaria na TV não é só impressionante. Também pode ser impressa."
"Violência impera nos canais abertos", copyright
Folha de S. Paulo, 8/07/01
"A violência está no ar. Nos desenhos animados, nos filmes, nas pegadinhas, nos shows de variedades, nas novelas. Em busca do caminho mais fácil para ampliar a audiência, os canais abertos brasileiros -com escassas exceções, como a TV Cultura e a Rede Brasil- estão seguindo um rumo que nos Estados Unidos já é profundamente questionado pela influência negativa que causaria no comportamento de alguns segmentos da população.
Nos últimos dias 2 e 3, o TV Folha fez um levantamento informal sobre a programação da TV Globo, emissora líder em audiência no país, e constatou que o telespectador é bombardeado por cenas que mostram os mais variados tipos de violência durante as cerca de 22 horas, em média, que o canal permanece no ar diariamente. Das 5h25 de segunda-feira, dia 2, às 3h40 da quarta 4, foram exibidos 22 homicídios explícitos, 1.066 agressões físicas, 921 ofensas verbais, além de terem sido disparados 471 tiros dos mais variados calibres.
O levantamento não contabilizou as cenas violentas exibidas nos programas jornalísticos da emissora nem nos anúncios comerciais. Apenas as cenas contidas nas obras de ficção e nos comercias de programas da própria Globo foram relacionadas.
Embora ainda haja algumas controvérsias a respeito da violência na TV e de suas implicações no comportamento de crianças, jovens e adultos, nos Estados Unidos, onde os índices de crimes cometidos por menores vêm crescendo nas últimas duas décadas, o Congresso americano e várias universidades realizam estudos sobre o tema.
?Nos Estados Unidos, a violência é um problema de saúde pública que se transformou numa epidemia. Precisamos controlá-la. Ninguém está afirmando que a televisão seja a única causa dessa epidemia, mas é, certamente, uma delas?, diz o professor de psicologia e pesquisador Leonard Eron, da Universidade de Michigan.
Para a psicóloga Maria Helena Matarazzo, que há dois anos participou de um grupo de discussão em Los Angeles sobre a influência nociva da TV, crianças e jovens que vivem em áreas carentes são especialmente marcados pelo que assistem. ?Se a criança mora num bairro violento, vê os pais agindo com brutalidade e assiste a atos de violência na TV, ela faz uma síntese de que o mundo é assim. A única forma de ela aprender que há maneiras alternativas de resolver problemas humanos e sociais seria pela TV?, diz.
Maria Helena cita o projeto Midiascope, orçado em US$ 3,3 milhões e implementado pela Associação Nacional de TVs a Cabo e pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla), para mostrar a preocupação dos norte-americanos. Durante três anos, 12 mil programas de 25 canais serão analisados. ?Eles estão preocupados com a glamourização da violência e com o aumento das agressões gratuitas nos programas, filmes e desenhos animados.?
Agressão gratuita é exatamente o que ocorre no desenho ?Digimon 2?, que a Globo exibe todas as manhãs, dentro do ?Bambuluá com Angélica?. Não há enredo: um grupo de crianças usa um computador para entrar num mundo repleto de monstros pelo simples prazer de combater as criaturas.
Na segunda-feira passada, uma das personagens infantis do desenho, que nunca havia ido ao tal mundo de monstros, disse às outras: ?Mas, eu não gosto de lutar, odeio violência.? Ao que outra menina, experiente nas batalhas, respondeu: ?Eu… também não gosto, mas depois você vai ter muitas aventuras com os Digimons para contar?. Aquela que titubeava, então, topou.
No Japão, pátria dos Digimons e Pokémons (um similar exibido aqui pela TV Record), a responsabilidade penal foi reduzida de 16 para 14 anos em dezembro do ano passado, tal a quantidade de crimes cometidos por crianças e adolescentes. No primeiro semestre de 2000, mil menores foram presos por estupros, assassinatos e atos de violência. Em 99, o número de jovens com idades entre 14 e 19 anos acusados de homicídios se multiplicou por dez.
O psicólogo infantil Alfredo Castro Neto, que há 30 anos trabalha com crianças e adolescentes, diz que ?entregar um filho à babá eletrônica é a pior coisa que os pais podem fazer?. Segundo ele, entre 5% e 10% das crianças têm dificuldades de controlar seus impulsos e são suscetíveis a programas de TV ou ?games? violentos. ?Mas, nos games, eles acabam se desinteressando quando conseguem o objetivo; na TV, não, é uma violência contínua, que pode viciar?, afirma.
Professor titular de Ciência Política na USP e coordenador do Núcleo de Estudos da Violência da mesma instituição, Paulo Sérgio Pinheiro não está convencido da correlação direta entre violência na TV e comportamento violento, mas acha que a programação abusa do tema. ?Não defendo a censura, mas a sociedade civil tem o dever de se mobilizar para fazer prevalecerem normas de conduta, princípios básicos. Não dá pra ficar colocando gente para brigar em programas de auditório?, diz, referindo-se ao ?Programa do Ratinho?, do SBT.
Pinheiro afirma que o governo também tem sua parcela de culpa. ?O poder público é omisso em relação ao que os concessionários fazem. Não há nenhuma fiscalização. O Ministério das Comunicações deveria analisar diariamente a programação das emissoras.?
A mesma opinião tem o professor de sociologia da USP Laurindo Leal Filho, presidente da organização não-governamental TVer, que analisa a programação televisiva. ?As emissoras se movem por interesses políticos e comerciais, deixando de fazer seu papel social.?
O Presidente da ONG TVer, Leal Filho, lembra que a televisão está presente em 87% dos domicílios brasileiros (dados do IBGE, de 1999) e é a única janela que a maioria da população brasileira tem para o mundo.
Siro Darlan, juiz da 1? Vara da Infância e da Adolescência do Rio, diz que já ouviu inúmeros relatos de adolescentes sobre a inspiração para os crimes que cometeram. ?Muitos dizem que viram na TV e acharam fácil fazer.?
Neste mês de férias, a Globo optou por exibir à tarde o programa ?Você Decide?, produzido para o horário noturno, em substituição às novelas que eram veiculadas no ?Vale a Pena Ver de Novo?. Novelas, por sinal, como ?Roque Santeiro?, concebida para as 20h e que foi reprisada até a semana retrasada às 14h20.
Na primeira semana do ?Você Decide?, os episódios mostraram o ódio de um homem por sua sogra, assassinato, ocultação de cadáver, casamento por interesse, tentativa de suicídio e adultério.
Ainda em seu pacote de férias, a emissora líder em audiência programou, às 11h20, cinco seriados. Em ?Sheena?, uma loura distribui flechadas, socos e pontapés aos que ameaçam a floresta onde vive; ?Parceiros da Lei? tem como ?heróis? três jovens delinquentes condenados obrigados a ajudar a polícia; o ?Homem Invisível? é outro condenado que vira cobaia em experiência; ?Arquivo Rosswell? mostra três ETs perseguidos; e ?Startgate? aborda o fim do mundo. Boas férias."
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"Canais dizem acatar horários", copyright Folha de S. Paulo, 8/07/01
"A direção do SBT afirmou que a emissora ?respeita os horários indicados pelo Ministério da Justiça? e que indica na tela a idade apropriada para cada atração. As chamadas de filmes com cenas fortes exibidas nos horários matutino e vespertino, segundo a direção do canal, não contêm imagens violentas e são diferentes das veiculadas à noite.
A assessoria de imprensa da TV Bandeirantes afirmou que ?os profissionais da emissora conhecem e respeitam o código de ética do grupo, utilizado como parâmetro para decisões?. A exibição das atrações ?obedece aos critérios oficiais de classificação etária?.
A assessoria da Rede TV! disse que a emissora não exibe desenhos animados, que suas séries, ?Jeannie? e ?A Feiticeira?, são ?ingênuas? e que os programas de auditório ?não incluem violência?. Quanto às pegadinhas, a emissora diz tratar-se de ?brincadeira onde jamais caberia incluir cenas violentas?. Filmes fortes ?são exibidos a partir da meia-noite?. A TV Record não se manifestou."
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"Para Globo, conceito é subjetivo", copyright Folha de S. Paulo, 8/07/01
"A seguir, a entrevista que o diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger, deu ao TV Folha:
O sr. considera que há excesso de violência na programação da TV Globo?
O conceito de violência em alguns casos é absolutamente subjetivo. Há quem veja violência num desenho animado em que um gatinho persegue um ratinho. Limitar a análise sobre violência na TV numa mera compilação de números sem avaliar o contexto chega a ser uma violência. Por esse método, todas as histórias infantis que nossas bisavós contavam seriam banidas, pelo menos a cena do envenenamento da Branca de Neve -tentativa de homicídio- ou a que a Bela Adormecida fere o dedo na máquina de fiar -agressão-, João e Maria seria totalmente censurado -seqüestro seguido de maus-tratos de menores- ou Pedro e o Lobo -crime ecológico, hoje com prisão sem direito a fiança-, sem contar o triste fim da vovozinha de Chapeuzinho Vermelho ou o assassinato da mãe de Bambi -assassinato qualificado- apontada como uma das cenas mais dramáticas de todos os tempos . Seria o fim dos clássicos infantis…
A emissora veicula campanhas institucionais, inclusive a do desarmamento, mas não é um contra-senso exibir obras de ficção em que tudo é resolvido na força bruta?
Ao contrário, uma postura institucional com a nossa crença não pode significar censura ou que devamos ocultar a realidade. Nossas campanhas são um contraponto em relação à realidade que apresentamos. Sem contar que um levantamento estatístico muitas vezes valoriza os números sem aprofundar no conteúdo: muitas vezes a violência é apresentada como forma de combatê-la. Um mau exemplo em alguns contextos leva à reflexão e à correção de rumos. Pesquisas de psicólogos mostram que é importante mostrar -com o devido cuidado- para que as crianças saibam lidar com a realidade.
O programa, originalmente noturno, ?Você Decide? está sendo exibido à tarde. Ele é indicado para um público composto em grande parte por crianças e adolescentes?
Toda a nossa programação está enquadrada dentro na faixa etária do horário, sendo que, quando necessário, fazemos as adaptações necessárias. E todos os temas [do ?Você Decide?, infelizmente, fazem parte do cotidiano de crianças e adolescentes. Seria até ridículo dedicar a esse público -ou a qualquer outro- uma temática distante da realidade que vivem. Sendo que no caso do ?Você Decide?, todos têm a oportunidade de se manifestar a respeito.
No mês de junho, entre 35 filmes programados pela emissora, apenas seis não tinham na sinopse indicações de violência. Filmes violentos dão mais audiência que os outros gêneros?
Essa pergunta adota várias premissas incorretas, pois considera que filmes com cenas consideradas de violência são filmes violentos. Resumindo: nosso critério não se baseia numa falsa relação entre suposta violência e audiência -que por sinal não é verdadeira-, mas na escolha de obras que tenham a ver com o mundo em que vivemos, que divirtam e façam pensar."
APAGÃO NA TV
"A crise de energia contamina até a ficção",
copyright O Estado de S. Paulo, 7/07/01
"Vivemos hoje um clima parecido com o de Copa do Mundo. Nas esquinas, nos bares, nas ruas, nos locais de trabalho, o mesmo assunto percorre todos os ambientes e freqüenta todas as classes sociais. Todo brasileiro usa a mesma linguagem que incorporou, por força das circunstâncias, a palavra ?meta?, aquela estabelecida pelo governo para o consumo de energia elétrica. ?Ultrapassei minha meta?, ouve-se aqui. ?A minha meta é irreal?, rebate o interlocutor. É o assunto de um tema só, martelado no cotidiano até não mais poder.
Na TV, a situação é a mesmíssima. Já não bastasse o noticiário bombardear o público há quase dois meses com histórias de terror – das sanções que o desperdício pode trazer – e de heroísmo – de brasileiros patriotas que colocam sua criatividade a serviço da economia de energia, a ficção da TV também resolveu ?abraçar a causa? do racionamento.
Civicamente imbuídos do dever de ajudar o País a superar mais esta crise, os autores injetam sem a menor cerimônia a história do apagão em seus enredos. Desta observação está fora o pessoal do Casseta & Planeta Urgente!, que tem cumprido bem a missão de passar a limpo – pelo filtro do nonsense – a história contemporânea brasileira.
Indigesto é ver a novelinha Malhação consumir uma semana inteira dando lições sobre racionamento e cidadania. No colégio Múltipla Escolha, o professor João, que ensinou a turma a economizar energia, calcula mal e ultrapassa a meta de consumo do colégio. Com medo de ser ?ridicularizado? pelos alunos, o professor cai em tentação e adultera o relógio de luz. Ele, claro, vai ser descoberto e se arrepender, afinal, o crime não compensa.
A campanha pela moralidade de Malhação já começou na quarta-feira, quando um funcionário da companhia de luz sugere que é possível malhar o número marcado pelo relógio. A personagem de Bia Seidl fica horrorizada e não cai em tentação.
O racionamento ou a dificuldade de cumprir as tais da meta também foi o pretexto para a série A Grande Família, estrelada por Marieta Severo e Marco Nanini, e para o Sai de Baixo de domingo. Semana que vem, será a vez de Porto dos Milagres passar pelo dissabor de um apagão, provocado por um plano terrorista do prefeito Félix Guerreiro (Antônio Fagundes) para vingar-se dos pobres munícipes.
Nada contra a ficção lançar mão da realidade para conscientizar ou para criticar, especialmente se levarmos em conta que houve um tempo – a do regime militar – em que a distância entre a realidade e a fantasia nas novelas era maior do que a fenda do Grand Canyon. Mas usar o mote do apagão em tantos programas é mais do que irritante, é a comprovação de que o cérebro da TV é alimentado apenas pelo senso comum.
Nessa hora, o público agradece aos céus por ter no ar novelas pré-eletricidade, como A Padroeira, ambientada no Brasil de 1717. E torcer para que o autor não se entusiasme com a conjuntura e forje uma crise que provoque o racionamento de parafina. (A jornalista Leila Reis escreve aos sábados neste espaço. Email: leilareis@terra.com.br)"
BAND & REUTERS
"Bandeirantes firma aliança estratégica com
agência Reuters", copyright O Estado de S. Paulo,
5/07/01
"A Rede Bandeirantes firmou uma aliança estratégica com a Reuters, maior agência de notícias do mundo criada há 150 anos na Inglaterra.
Pelo contrato, assinado na terça-feira e com validade de três anos, a Band passa a contar com apoio logístico da agência em 76 cidades de vários países onde a Reuters mantém estúdios de TV. Ou seja, a emissora envia o correspondente e a agência cuida do restante da operação.
Inicialmente, essa cooperação é válida apenas para Washington e Nova York. A próxima cidade será Buenos Aires. Em Washington, a paisagem de fundo dos estúdios é a Casa Branca.
O acordo também prevê o fornecimento de notícias ao vivo 24 horas por dia, nove periódicos diários que somam sete horas de conteúdo, features (programas de ciência, moda, cultura, esportes e política), além do planejamento conjunto de grandes coberturas internacionais.
Canal 21, Band News e as rádios do grupo Bandeirantes estão incluídas no contrato.
?Um acordo dessa dimensão amplia muito o nosso horizonte de ação?, afirma Fernando Mitre, diretor de Jornalismo da Bandeirantes. ?Estamos celebrando a união de duas tradições de jornalismo. A Band sempre apostou na cobertura ao vivo.?
?Temos 500 jornalistas operadores de câmera pelo mundo todo, que se reportam a três escritórios centrais – Londres, Cingapura e Washington. Toda essa estrutura estará a disposição?, fala Ricardo Diniz, presidente da Reuters no Brasil. ?E nosso contrato tem poder de expansão.?
No mercado, a aliança Band-Reuters foi lida como uma resposta da família Saad à recusa da CNN em fornecer conteúdo para o canal pago de notícias Band News, no ar desde março. Em abril, Johnny Saad, presidente da Rede Bandeirantes, chegou a enviar uma carta à CNN cobrando explicações. Embora tivesse se comprometido com o Band News, a emissora de Ted Turner teria um contrato de exclusividade com o rival Globonews.
A Reuters está em 160 países, com uma equipe de 2.100 jornalistas. Um dos nomes ilustres que passaram pela agência foi o escritor Ian Fleming, criador do agente secreto James Bond."