CORÉIA
No dia 7, procuradores de Seul convocaram os proprietários de três jornais para depor na investigação criminal sobre evasão de impostos. Os intimados são Chang Jae-keun, ex-presidente do Hankook Ilbo, Cho Hee-jun, antigo presidente do Kukmin Daily, e Kim Byung-kun, ex-vice-presidente do Dong-a Ilbo. Os três são os maiores acionistas dos respectivos diários. A Procuradoria deve também intimar Kim Byung-kwan, antigo presidente honorário do Dong-a Ilbo, e Bang Sang-hoon, presidente do Chosun Ilbo.
Os cinco são acusados pelo Serviço Nacional de Impostos de desviar verbas, pela falsificação de registros financeiros e transferência ilegal de propriedades.
Após meses investigando as 23 maiores companhias midiáticas do país, foram registradas acusações criminais contra seis empresas e 12 pessoas. Desde então, os promotores interrogaram dezenas de executivos e parentes de suspeitos.
As leis coreanas determinam que os culpados de desviar verbas ? no caso, mais de 500 milhões de wons (US$ 390 mil) podem ter penas que variam de cinco anos a prisão perpétua. As informações são de Kang Seok-jae [The Korea Herald, 9/8/01].
NYT & FT
Os sítios do americano New York Times e do britânico Financial Times entraram em acordo para publicar matérias um do outro. Segundo Christopher Grimes [The Financial Times, 5/8/01], a NYTimes.com poderá publicar até 10 artigos de uma vez da FT.com sobre negócios, tecnologia e cobertura internacional; da mesma forma, este terá acesso às reportagens do NYT. As matérias devem manter a marca do sítio que originalmente as produziu.
As duas companhias já têm acordo com concorrentes indiretos para divulgar matérias de outros grupos ? o NYT publica artigos da Cnet.com, e o FT, da FTMarketwatch.com. Mas este envolve jornais que competem diretamente nas bancas. A parceria, que deve começar este mês, chega no momento em que os dois grupos pensam em cobrar pelo acesso a seu conteúdo. O Financial Times tem investido pesadamente para crescer nos EUA, e o New York Times inaugurou seção diária de cobertura de negócios internacionais.
Para Stephen Hill, executivo-chefe do FT Group, o acordo "entre as duas organizações noticiosas mais respeitadas do mundo beneficiará o público que procura visão editorial e perspectiva de marcas autorizadas e confiáveis".