Tuesday, 19 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Plástica de impacto

READER?S DIGEST

O Reader?s Digest redesenhou suas capas da edição asiática e alguns conteúdos editoriais, em sincronia com o impulso global da companhia para aumentar o número de leitores ? o maior do mundo. A publicação tem circulação de 25 milhões de exemplares mensais, dos quais 750 mil na Ásia.

Peter Jeffery, publisher associado da versão asiática, diz que o novo design "aumentará o appeal da revista" nas bancas. Desde a mudança na edição americana, carro-chefe da companhia, em abril, as vendas cresceram 8% em tempos de crise no mercado editorial dos EUA.

A Ásia, pelo contrário, apostou na tendência para títulos regionais, contabilizando aumento de 52,5% em faturamento publicitário na primeira metade de 2001. Jeffrey diz que as edições asiáticas não têm queda de anúncios ou circulação devido a um esforço consciente em cultivar anunciantes locais, de acordo com Alicia Kan [Hong Kong iMail, 3/9/01].

Em entrevista à CNBC em maio, o presidente e executivo-chefe da Digest, Thomas Ryder, defendeu a queda de preço das ações da companhia afirmando que a empresa cresceu em taxa de cerca de 40% sobre os três últimos anos. Ryder também disse que o crescimento de serviços financeiros da empresa era prioridade.

As novas capas e a mudança editorial são vistas como o primeiro passo para ampliar o impacto da Digest, publicada na Ásia por 38 anos. O desafio agora é manter a base de consumidor leal ? pessoas que cresceram com a revista ? e ao mesmo tempo recrutar uma nova geração de leitores.

 

CORÉIA

O veterano jornalista Kim Jin-hyun, consultor do jornal Munhwa Ilbo, comentou recentemente a reforma midiática e a devassa fiscal dos jornais da Coréia. Segundo reportagem do Chosun Ilbo (4/9/01), Jin-hyun afirmou que a tentativa do governo de controlar a mídia inicialmente partiu do presidente Kim Dae-jung, irritado com matérias negativas em certos jornais, mas que agora se tornou parte de uma trama política.

O Serviço Nacional de Impostos começou a investigar os jornais coreanos uma semana após o presidente anunciar a reforma midiática, em janeiro. A sondagem mobilizou 40 investigadores para os jornais Chosun Ilbo e Donga Ilbo, o que teria revelado seu verdadeiro objetivo, o de prender publishers: "Se você quer recolher mais impostos, não precisa de tantas pessoas", argumentou o jornalista.

Outra questão abordada por Jin-hyun é o fato de que, enquanto a liberdade de imprensa na Coréia se expandiu visivelmente, os meios de comunicação controlados pelo governo também aumentaram em número e proporção. Atualmente, 90% das estações de TV estão sob controle estatal. Se as companhias não aperfeiçoarem suas estruturas financeiras e administrativas, que são frágeis, elas não poderão ser independentes do governo, alerta o jornalista.

No dia 3, procuradores acusaram formalmente seis corporações de mídia e 13 executivos e proprietários de jornais de evasão fiscal. Segundo Na Jeong-ju [The Korea Times, 4/9/01], entre os acusados estão Bang Sang-hoon, presidente do Chosun Ilbo, Cho Hee-jun, antigo presidente do Kukmin Daily e Kim Byung-kwan e Kim Byung-kun, respectivamente o ex-presidente e ex-vice-presidente do Dong-a Ilbo.

    
    
                     

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