Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Redação em cinco pedaços

THE WALL STREET JOURNAL

O Wall Street Journal, "expulso" de sua casa no World Financial Center, tem agora cinco redações. Antigamente abrigado num andar de um dos prédios do WFC, a quatro quadras do WTC, os 750 funcionários abandonaram a redação em 11 de setembro, enquanto as torres gêmeas vinham abaixo.

Desde os ataques terroristas, informa Eric Herman [New York Daily News, 4/10/01], os repórteres têm trabalhado de casa enquanto os editores se reúnem no apartamento do vice-editor administrativo, Barney Calame, no West Side de Manhattan, para definir pautas. "Se na primeira noite o esquema pareceu tranqüilo, depois foi só morro abaixo", disse Paul Steiger, editor do Journal.

A redação agora acampa em South Brunswick, Nova Jersey, onde a companhia Dow Jones, dona do WSJ, mantém uma oficina de impressão. Alguns repórteres já trabalham num prédio no Soho, no número 100 da Sexta Avenida, e outros 150 devem ocupar o local em breve. Outra parte da equipe do jornal ficará no número 1.155 da Sexta Avenida, onde a Dow Jones tem quatro andares. Os redatores de editoriais e a equipe da edição dominical serão instalados na Sétima Avenida. Outro grupo trabalha na Dow Jones Newswires, em Jersey City.

As novas instalações ainda apresentam problemas de infra-estrutura. No escritório da Sexta Avenida, 100, por exemplo, um funcionário contou que faltam computadores e telefones. Ric Clark, da construtora Brookfield Properties, disse que tudo estará pronto em meados de novembro. O chefe Steiger não tem tanta certeza: apostou US$ 50 com um colega que a redação do jornal não estará pronta até janeiro.

CHINA

A China deve permitir a entrada em seu território de mais jornalistas de Hong Kong, um dos principais centros financeiros da Ásia. Hong Kong foi devolvida à China em 1997, após 150 anos de domínio britânico, e desde então mantém independência diante das pressões políticas de Pequim. Mas o desenvolvimento da economia chinesa teve grande impacto sobre o mercado financeiro da ex-colônia, o que fez com que as duas regiões estreitassem relações.

O governo chinês permitirá que empresas jornalísticas de Hong Kong e Macau (antiga colônia portuguesa) montem sucursais em Pequim. Atualmente, poucos veículos de Hong Kong têm agências temporárias em território chinês. Publicações como o jornal Ming Pao enfrentam atrasos freqüentes ou mesmo recusas ao pedir concessão de vistos para que seus repórteres cubram eventos na China continental. Segundo Jonah Greenberg [Reuters, 30/9/01], em outubro passado o presidente chinês Jiang Zemin reprovou, em transmissão ao vivo, os jornalistas de Hong Kong presentes, por serem "muito simplórios, às vezes ingênuos", por tentarem encurralar o político com perguntas difíceis.

    
    
                     

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