ZIMBÁBUE
No dia 25, a polícia do Zimbábue deteve Judith Todd, 57 anos, respeitada ativista dos direitos humanos, e a interrogou novamente sobre seu cargo de acionista e diretora da Associated Newspapers Zimbábue (ANZ), que controla o único jornal não-estatal do país. Embora tenha sido liberada na mesma noite, ela deveria retornar à delegacia na manhã seguinte.
Em janeiro, as prensas do Daily News, diário de maior circulação do país, foram destruídas pelos militares. Para Muchadeyi Masunda, executivo-chefe da ANZ, a detenção de Judith se deve ao fato de ela ter se posicionado contra as tentativas de um aliado do presidente Mugabe de aumentar o número de suas ações na ANZ. O empresário apresentou queixa de perjúrio, alegando erros no depoimento de Judith e de outros acionistas ? também interrogados na semana passada.
Estava no país uma delegação britânica, para avaliar a implementação de um acordo para restauração da lei, inclui um "compromisso com a liberdade de expressão", segundo Michael Hartnack [The Times, 26/10/01].