BALANÇO 2001
O seqüestro de Patrícia Abravanel, filha do empresário Silvio Santos, durou apenas uma semana (de 21 a 28 de agosto), mas deixou cicatriz profunda na credibilidade da mídia.
Folha de S. Paulo (mais o Agora), Estado de S. Paulo (mais Jornal da Tarde e Rádio Eldorado), Grupo Band (rádios e emissoras de TV), Rede Record, Rede TV!, SBT (do próprio Sílvio Santos), portais iG e UOL, Gazeta Mercantil, Correio Braziliense, TV Cultura e IstoÉ montaram um pacto de silêncio e injustificadamente escamotearam do público seu direito à informação.
Do outro lado, noticiaram o seqüestro ? alguns de forma sensacionalista ? os veículos do Grupo Globo, o Jornal do Brasil, a TVE e a Veja. Como saudou o Observatório, a diferença de atitudes é vital para a preservação do pluralismo da imprensa. Mas representantes dos dois lados ignoraram que entre uma cortina de silêncio absoluto e o ruído sensacionalista há, no meio, muitas opções e nuances.
Leia e relembre
Sem notícias de um seqüestro ? A.D.
Fim de seqüestro acorda jornais eletrônicos ? Luiz Antonio Magalhães (rolar a página)
A decisão crucial ? transcrição do debate do OI na TV
Noticiar ou não ? Luiz Martins
Cobertura pornô-chique ? Luis Valentin
Excesso de zelo ? Felipe Voigt
A apelação e o silêncio ? A.D.
Os mandamentos de Patrícia Abravanel ? A.D.
Tudo e nada, ao vivo e em cores ? Nelson Hoineff
Seqüestros, autocensura e hipocrisia ? A.D.
Coragem e ocasião ? Carlos Vogt
Intercâmbio de erros ? Beatriz Singer
A sociedade adormecida ? Claudia Rodrigues
O valor da vida humana ? Paulo José Cunha
A mídia seqüestra o jornalismo ? Muniz Sodré