Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Regras frouxas podem seguir após Olimpíadas

As novas regras que darão aos jornalistas estrangeiros uma passagem mais ‘livre’ pela China durante os Jogos Olímpicos de 2008, em Pequim, poderão continuar a valer depois do evento, se tudo correr bem. ‘Se as novas normas provarem ser benéficas para o nosso desenvolvimento e para a troca entre nós e a mídia estrangeira, então não haverá a necessidade de mudar a política’, afirmou Cai Wu, diretor do escritório de informação do Conselho de Estado.

No início deste mês, como havia sido prometido, as autoridades chinesas anunciaram que afrouxariam as restrições atuais a jornalistas estrangeiros que visitam o país a trabalho, por causa das Olimpíadas. A principal mudança será a anulação da necessidade de aprovação governamental para viajar pelo país – quando entram, os profissionais de imprensa recebem permissão para reportar apenas de uma cidade específica. As novas regras têm início marcado para janeiro de 2007 e expirariam em outubro de 2008, após o fim dos Jogos.

Cobertura irresponsável

Depois da afirmação, Cai Wu ressaltou que se tratava de uma opinião pessoal em resposta a uma pergunta durante uma coletiva de imprensa em Pequim. Ele disse também que a cobertura da China feita por jornalistas estrangeiros ainda conta com muitas apurações ‘irresponsáveis’ e com a falta de entendimento do país. ‘Ainda há uma proporção pequena de reportagens positivas e completamente objetivas’, completou, afirmando que algumas organizações de imprensa renomadas erram ao publicar análises sobre a China feitas por pessoas que nem ao menos estiveram no país.

A China controla a mídia doméstica e, há tempos, mantém duras restrições à imprensa estrangeira – que costuma acusar de parcialidade em sua cobertura de assuntos sensíveis às autoridades chinesas, como casos de abusos de direitos humanos ou protestos políticos. Informações da AFP [28/12/06].