Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

André Siqueira e Renato Cruz

TV POR ASSINATURA

"TVs pagas batalham por financiamento", copyright O Estado de S. Paulo, 25/3/02

"A necessidade de financiamento, que a Globo Cabo procura resolver com sua capitalização de R$ 1 bilhão, ainda persiste para as outras empresas de TV por assinatura. O setor completou, em 2001, dez anos de existência, sem lucros, apesar de ter investido US$ 1,2 bilhão só em infra-estrutura. As companhias de TV paga definiram que este será o ano para a mudança no setor, mas existe o risco de que o socorro dos sócios à maior empresa do mercado venha a enfraquecer o interesse da Globo Cabo em participar das negociações.

?O setor está convencido de que o modelo atual necessita de ajustes?, afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA), Alexandre Annenberg. ?Do jeito que foi estruturada é difícil que a atividade se estabilize economicamente.? No ano passado, a Globo Cabo registrou prejuízo de R$ 700 milhões, enquanto a TVA perdeu R$ 182 milhões entre janeiro e setembro de 2001.

O primeiro passo será dado hoje, quando representantes das maiores operadoras vão se reunir com a consultoria Accenture para identificar quais são os principais problemas do setor. O mercado de TV por assinatura é o único das telecomunicações a ter ficado sempre abaixo da expectativa de crescimento traçada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). No ano passado, havia 3,6 milhões de assinantes em todo o País, ante uma previsão da agência de 5,6 milhões.

Segundo o vice-presidente da Anatel, Antônio Carlos Valente da Silva, a agência vai acompanhar de perto as discussões das operadoras. ?Reconhecemos que temos um trabalho grande em TV por assinatura?, afirma, ressaltando que as medidas efetivas só serão tomadas depois de ver o trabalho da consultoria contratada pela ABTA. O estudo sobre a atividade deverá ficar pronto em 90 dias.

O sonho das grandes empresas de TV paga é conseguir como ?sócio estratégico? uma operadora de telecomunicações. Quando anunciou a venda de 30% da Globo.com para a Telecom Italia, há dois anos, o vice-presidente das Organizações Globo, Roberto Irineu Marinho, apontou a operadora italiana como uma possível parceira para a Globo Cabo. O negócio não se concretizou e, além disso, a operadora italiana anunciou no mês passado que pode se desfazer da fatia da Globo.com. A Telecom Italia reduziu o valor contábil do investimento na empresa de Internet de US$ 810 milhões para cerca de US$ 30 milhões.

A TVA também tem procurado um parceiro de telecomunicações nos últimos anos, sem sucesso. ?Ainda existe um certo preconceito das operadoras de telefonia em relação às redes de TV por assinatura?, afirma Leila Lória, superintendente da empresa. A TVA chegou a conversar com várias operadoras.

Este ano, em que a antecipação de metas de 2003 permitiria que as empresas de telefonia fizessem parte do controle das companhias de TV a cabo, as operadoras de telecomunicações também se encontram em crise, sem caixa para aquisições.

Outra alternativa vislumbrada pelas empresas seria vender sua infra-estrutura, concentrando suas atividades em programação e vendas. ?Isso depende muito da estratégia de cada empresa?, diz o presidente da ABTA, José Augusto Pinto Moreira, que também ocupa a presidência da TVA. O máximo que a empresa de TV paga do Grupo Abril conseguiu até hoje foi alugar trechos de sua rede de cabos para a TIM.

Para contornar o problema do alto endividamento de curto prazo, a Globo Cabo anunciou há duas semanas uma capitalização de R$ 1 bilhão, em que o o sócio Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) garantiu R$ 284 milhões. De uma dívida total de R$ 1,552 bilhão, a empresa precisa pagar este ano R$ 583 milhões. Setenta e nove por cento das dívidas de curto prazo são em dólar. A capitalização deve reduzir a dívida e deixar o balanço da empresa mais atraente para um novo sócio.

A TVA fez uma operação semelhante em 2001. O Grupo Abril injetou R$ 360 milhões na companhia, reduzindo o endividamento da empresa de R$ 524 milhões para R$ 195,5 milhões.

A operação para recapitalizar a Globo Cabo recebeu alguns questionamentos, pois o BNDES garantiu 28,4% da operação, enquanto sua participação acionária atual está em 7,6%. O superintendente de Logística e Telecomunicações do banco, Marco Antônio Lima, afastou qualquer irregularidade neste fato e apontou que as Organizações Globo garantem 54% dos recursos e detêm uma fatia total de 38,1% da empresa. Na semana passada, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado decidiu convidar o presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho, para depor sobre a operação.

Para Moreira, da ABTA, o apoio do BNDES à Globo Cabo poderia ser estendido a outras empresas. ?O BNDES tem condições de assumir um papel central na remodelagem do mercado de TV paga?, afirma. A Horizon, que opera TV a cabo no interior de São Paulo, já havia conseguido no ano passado R$ 202 milhões em recursos do BNDES.

Do total, R$ 172 milhões são empréstimos e R$ 30 milhões compra de debêntures conversíveis em ações. ?Sacamos R$ 50 milhões?, conta Chris Torto, presidente da Horizon. As debêntures têm prazo de cinco anos e, se convertidas, vão corresponder a 8%. Torto considera positivo o negócio anunciado pela Globo Cabo, mas o diferencia do que obteve a Horizon. ?No caso deles, trata-se de uma recapitalização. Nós conseguimos uma linha de crédito para investimentos futuros.?

O executivo não considera que a operação anunciada pela Globo Cabo vai reduzir o interesse da empresa numa remodelagem do setor, pois, segundo ele, os novos recursos resolvem a parte financeira, mas não os problemas de operação que afetam todas as companhias de TV paga.

A Globo Cabo planeja enviar três executivos para a reunião: André Borges, diretor jurídico; Fernando Mousinho, diretor executivo de clientes corporativos; e Marco Aurélio Ferreira, diretor-executivo de clientes individuais. ?Iremos buscar idéias para um novo modelo e validar o processo e a metodologia para sua construção?, garante Ferreira."

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"Operadoras querem reestruturação na atividade", copyright O Estado de S. Paulo, 25/3/02

"A disputa acirrada pela ainda restrita base de assinantes não impediu as operadoras brasileiras de chegarem a um consenso, após dez anos de perdas: sem uma reestruturação profunda que torne a atividade rentável, novos aportes financeiros só serviriam para prolongar a agonia do setor. Mas o debate, que será iniciado hoje na primeira reunião conjunta das principais operadoras, terá de tocar em pontos delicados na relação entre as operadoras, em especial quando entrar em pauta o conteúdo da programação exibida no País.

As principais produções das Organizações Globo para a TV por assinatura são exclusivamente transmitidas pelas empresas do grupo. ?Nosso trabalho seria facilitado se tivéssemos acesso a mais conteúdo nacional?, diz o gerente-geral da DirecTV no Brasil, Philippe Boutaud. Há dois anos, a operadora levou para o tribunais a questão da exclusividade da programação da rival Sky, da Globo, e perdeu.

?Os conteúdos exclusivos servem para a diferenciação?, diz a diretora-executiva da Globosat Programadora, Rosana Codaro. De acordo com a executiva, as empresas que produzem programação local enfrentam uma combinação perversa de falta de escala e custos em dólar para os equipamentos. ?Estar no Brasil é mais caro que em qualquer outro país?, explica.

Rosana lembra que, em outros países da América Latina, é possível produzir para atender a todos os países de língua espanhola. ?Antes da crise, só a Argentina tinha 5 milhões de assinantes. Aqui, temos de produzir para 2 milhões.?

Mesmo quando a questão é enfrentar os programadores internacionais, que vendem os pacotes de canais praticamente fechados, a Globo Cabo parece estar alguns passos adiante da concorrência. No ano passado, a operadora conseguiu renegociar seus contratos com os canais de filmes, o que deve permitir uma economia de R$ 106 milhões até 2004. Cerca de 30% das despesas operacionais da companhia são com programação.

Apesar das diferenças, as operadoras ressaltam que o foco das discussões serão os problemas comuns, como a regulamentação que limita em 49% a participação do capital estrangeiro na TV a cabo, o custo em dólares da programação estrangeira e o peso dos tributos sobre o setor, que chega a consumir 30% do faturamento. Nesse último item os executivos listam o aluguel de postes, a contribuição para o Funtel ? que não se reverte em benefícios para as companhias ? e as taxas do Condecine, para fomento do cinema nacional, entre outros encargos governamentais. ?A atual carga tributária é totalmente incompatível com o desempenho do setor?, diz Boutaud.

Entre as alternativas a serem buscadas para aumentar a rentabilidade das operações, uma das principais é a diversificação dos serviços oferecidos, como a venda de acesso à Internet em banda larga, a prestação de serviços em sistemas interativos e mesmo a telefonia. ?A TV a cabo é mais cabo do que TV?, diz o diretor-executivo da Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura, Alexandre Annenberg, numa frase bastante conhecida no setor. (A.S. e R.C.)"

 

TV PÚBLICA

"A TV e o diabo", copyright Jornal do Brasil, 27/3/02

"Existe uma pergunta que eu faço todos os dias: quais os grandes compromissos que a televisão do Terceiro Mundo deve ter com o seu povo? Até onde a TV dos países subdesenvolvidos deve saber colocar o interesse público acima do interesse comercial? Todos nós sabemos, olhando a história da humanidade, que a evolução econômica das grandes nações sempre soube caminhar ao lado da evolução cultural. Uma não existe sem a outra, da mesma forma que não existem dignidade e cidadania sem justiça social.

Estamos começando um novo século. No mundo de hoje, mais de 1 bilhão de pessoas não sabem ler nem escrever. No Brasil, metade da nossa população é analfabeta. Mesmo assim, a grande maioria sabe ligar um aparelho de televisão. Temos hoje 130 milhões de espectadores. Na noite de hoje, mais de 100 milhões de brasileiros vão estar diante de um aparelho de TV.

O brasileiro pobre compra o aparelho de TV antes da geladeira, muitas vezes antes do fogão. Para ele a TV é fundamental. É um semideus: transmite ao vivo os grandes jogos de futebol, está nas pistas de alta velocidade, convive com artistas, políticos, bandidos, reis e rainhas e até o papa. Caminha pelo espaço e por dentro do corpo da gente. Faz o nosso povo, num mesmo capítulo de novela, rir e chorar. Sabe de tudo e de todos. É a voz da verdade.

Uma criança brasileira passa mais de seis horas por dia diante de uma TV. É mais tempo do que na escola, com os pais ou amigos.

Todos nós sabemos que a televisão é o veículo de comunicação de massa mais importante de todos os tempos da história da humanidade.Daí a minha preocupação de sempre questionar, permanentemente, a sua verdadeira finalidade. Para que serve a televisão? Deve ser apenas progresso ou, sobretudo, civilização?

Não podemos permitir que a TV seja mais um eletrodoméstico na casa de um brasileiro semi-analfabeto que fica olhando o Ratinho, o Big Brother, Luciana Gimenez, Show do Milhão, João Kleber, Sérgio Malandro, a banheira do Gugu e tantas outras besteiras. Isso é se nivelar por baixo, vender a alma ao diabo. E no caso o diabo é a audiência fácil.

A nossa televisão tem 50 anos de existência. Nesse tempo ela poderia ter alfabetizado todo o nosso povo, contado a nossa história, criando um sentimento de nacionalidade. Poderia fazer da medicina preventiva ? como fez no caso da paralisia infantil ? uma bandeira permanente, salvando milhares de vidas. Poderia ter criado uma consciência política para o nosso povo, poderia ter mantido vivo o nosso espírito regional e a nossa cultura local, e tantas outras coisas.

Não é tarde. Através da produção independente e da televisão regional, abrindo novos espaços para os jovens e para novas idéias, a nossa TV pode ser democratizada e oxigenada pelo espírito de vanguarda do jovem que ainda acredita no Brasil. Isso está na nossa Constituição.

A TVE-Rede Brasil, produzindo qualidade e informação, já está, segundo o Instituto de Pesquisa da Uerj, em terceiro lugar, no Rio, nas classes A, B e C. Essas classes, que representam 90% do poder aquisitivo, são as classes formadoras de opinião pública. O índice de credibilidade foi de 85%. Isso prova que ainda é possível fazer uma televisão colocando o interesse público em primeiro lugar. A TV comercial deveria fazer uma boa televisão para as classes D e E. Sem dúvida, justificaria a sua existência.

Isso só será possível quando, do outro lado da tela luminosa, a TV olhar o rosto do nosso povo. E respeitá-lo."

 

TV E VIOLÊNCIA

"TV induz agressividade", dizem cientistas, copyright Folha de S.Paulo, 29/3/02

"Pesquisadores americanos estão fazendo um apelo radical, mas que dizem estar apoiado em estatísticas: é preciso reduzir a uma hora diária o tempo gasto por adolescentes diante da TV. Do contrário, o risco de que jovens entre 16 e 22 anos desenvolvam comportamento violento ou mesmo criminoso pode triplicar.

Apesar da afirmação aparentemente exagerada, o estudo, coordenado pelo psiquiatra Jeffrey Johnson, da Universidade Columbia em Nova York, recebeu a chancela da revista científica ?Science? (www.sciencemag.org), na sua edição de hoje.

O que não faltou a Johnson e seus colegas foram dados: a pesquisa englobou mais de 700 famílias do norte do Estado americano de Nova York, entre os anos de 1975 a 2000, no que é considerado o levantamento mais extenso já feito sobre a velha e polêmica relação entre TV e violência.

Questionários aplicados aos jovens e a seus pais simultaneamente avaliavam o número de horas de TV por dia e o registro de atitudes violentas: agressão, brigas resultantes em ferimentos, roubo, ameaças de ferir alguém ou uso de armas para cometer crimes.
Os dados fornecidos por quem participou da pesquisa eram cruzados com registros criminais do FBI (a polícia federal dos EUA) e do Estado de Nova York.

Os resultados, para Johnson, são mais do que eloquentes: enquanto 5,7% dos adolescentes que viam até uma hora de TV por dia aos 14 anos cometiam atos de violência, a proporção subia para 18,4% com um tempo televisivo que variava de uma até três horas e alcançava a marca de 25,3% com três ou mais horas de TV diárias.

Johnson diz que o fato de ver televisão não incita, por si só, à violência. ?Existem estudos mostrando que vídeos musicais, por exemplo, têm o efeito contrário?, afirmou o pesquisador à Folha.

Entretanto, ele afirma que programas não-violentos têm pouca participação na programação da TV americana. ?Hoje, 60% da programação nos EUA mostra cenas violentas. Isso está presente não só em programas de entretenimento e filmes, mas também nos comerciais?, disse.

O ovo e a galinha

Estudos epidemiológicos como esse costumam ser cercados de incerteza: afinal, n&atilatilde;o é possível estabelecer as relações sólidas de causa e consequência que seriam observadas, por exemplo, num experimento de laboratório.

A pesquisa de Johnson e seus colegas incluiu a avaliação de fatores que normalmente estão associados à overdose televisiva e à prática da violência, como baixa renda, baixa escolaridade dos pais, negligência paterna e grau de violência na vizinhança onde os adolescentes viviam.

Mas os dados mostram claramente quem é o ovo e quem é a galinha da equação: ?Quando o programa de computador que nós desenvolvemos isolava a influência disso tudo, nós víamos que, nas classes alta, média e baixa, o número de horas vendo TV tinha uma correlação positiva com a violência?, afirmou.

Da mesma forma, a análise dos dados sugere que essa correlação não pode ser explicada pelo simples fato de pessoas agressivas terem mais propensão a ver TV. ?O tempo gasto vendo televisão estava associado agressão subsequente, houvesse ou não um histórico de comportamento agressivo.?

No entanto, os autores do estudo admitem que pode haver mais variáveis que contribuam para o comportamento agressivo e que não foram computadas pelo estudo. ?É preciso notar que uma inferência forte de causa e consequência não pode ser feita sem um experimento controlado.?

Para Johnson, o problema é duplo: de um lado, a violência na TV deixou de ocupar o lugar que costumava ter em manifestações culturais mais antigas. De outro, os estímulos negativos estariam encontrando um campo fértil ?num momento, como a adolescência, em que as pessoas têm uma tendência maior a imitar comportamentos?, diz. O veredicto? ?A Associação Americana de Pediatria fala em uma ou duas horas de TV por dia como um número aceitável. Eu não hesitaria em reduzir esse total para apenas uma hora.?"

 

SUPERPOP vs. GAYS

"Casal gay processa Rede TV! por ofensas no Superpop", copyright Folha de S.Paulo, 31/3/02

"A escritora Valéria Melki Busin e a publicitária Renata Junqueira constituíram advogado para processar a Rede TV! pelos danos morais que afirmam ter sofrido ao participar do programa ?Superpop?. Convidadas pela produção a dar uma entrevista sobre os direitos, preconceitos e problemas enfrentados por casais homossexuais, elas dizem que foram ?ofendidas e humilhadas? em rede nacional no último dia 12.

?Não tivemos o direito de falar, não pudemos expor calmamente nossas idéias, não pudemos fazer nada além de tentar conter o fluxo alucinado de ofensas que um advogado nos dirigia continua e impunemente, sem nenhuma intervenção da apresentadora?, diz Valéria, 35. Segundo ela, o advogado convidado pelo programa, Celso Vendramini, as ofendeu aos gritos.

Valéria diz ainda que só quando ela e Renata, 37, já estavam no estúdio é que foram avisadas de que não seria uma entrevista e sim um debate com outros convidados. ?Quando entramos no palco, antes mesmo de se iniciar o suposto debate, já havia caracteres na tela anunciando: ?Barraco: gays falam sobre adoção?. Barraco? Como, se a discussão nem tinha começado??

De acordo com Valéria, outra evidência de que a produção do ?Superpop? pode ter premeditado toda a confusão para amealhar mais alguns pontos de audiência estaria na participação, por telefone, do ator Jorge Lafond, que interpreta o travesti Vera Verão no programa ?A Praça É Nossa?, do SBT: ?Para minha estupefação, ele apoiou totalmente as opiniões homófobas do advogado?.

Lafond diz que defendeu apenas que os casais gays, ou mesmo heterossexuais, ?não choquem? as pessoas nas ruas com carícias exacerbadas. ?Fui a primeira embaixatriz do mundo gay, jamais teria preconceito?, diz o ator.

Luciana Gimenez afirma que a prioridade de seu programa é dar ?total oportunidade? para as pessoas expressarem seus pontos de vista. ?Em uma discussão em que as opiniões divergem, é natural que cada uma das partes não fique satisfeita com o que a outra disser?, disse ela ao comentar o caso. A direção da Rede TV! não quis se manifestar. O advogado Celso Vendramini não foi localizado.

A Valéria e Renata, restou a indignação. ?Nos sentimos numa enorme máquina de moer gente. Que ética existe num programa que mente para conseguir levar convidados e os expor publicamente ao ridículo? As pessoas que passam por ridículas pegadinhas têm o direito de não autorizar sua exposição vexaminosa. Mas isso nos foi negado, já que o programa foi ao vivo?, diz Valéria, autora do romance ?O Último Dia do Outono? (Editora Sumus)."