TELETIPO
New York Sun, o novo jornal de Nova York, chegou às bancas com matérias sobre o prefeito Michael Bloomberg, o ex-presidente polonês Lech Walesa e o líder oposicionista do Iraque, Ahmad Chalabi. Os financiadores do projeto afirmam que o diário pode roubar anunciantes do New York Times ao apostar numa cobertura melhor da cidade: na primeira edição, o Sun teve quatro matérias locais na capa (além de reportagem sobre o New York Yankees), enquanto o rival não teve nenhuma. O jornal veiculou anúncios de página inteira do Wall Street Journal, Empire State Building e Miramax Films. Cahty Lane, diretora de circulação, disse que a impressão de 75 mil exemplares foi esgotada e que o jornal já conta com quatro mil assinantes. Informações de Karen Matthews [AP, 16/4/02], Rita Ciolli [New York Newsday, 17/4] e Reuters (16/4).
Um grupo de organizações noticiosas e associações profissionais liderado pela CBS entrou com pedido na Federal Election Commission para que mude suas regras. Atualmente, o patrocínio de um debate entre candidatos por um jornal ou associação é considerado um ato de campanha ilegal ? passível de punição ? se os participantes não forem selecionados de acordo com "critérios objetivos pré-estabelecidos". O grupo alega que esta escolha é um julgamento que cabe a jornalistas profissionais, sem qualquer tipo de coerção. Steve McClellan [Broadcasting & Cable, 11/4/02] esclarece que o recente Bipartisan Campaign Reform Act exclui esta proibição, mas é necessária mudança nas regras da comissão para que a medida tenha efeito.
O escândalo que envolve a gigante energética Enron adquiriu proporções internacionais, quando um jornalista indiano revelou no 60 Minutes (CBS) que a companhia tentou comprar seu silêncio. Raghu Dhar, editor da Zee TV, sempre criticou a instalação de uma estação de energia na Índia, nos anos 90, por um consórcio liderado pela Enron, alegando que o projeto era prejudicial ao meio ambiente e não servia aos interesses do país, além de ser extremamente caro (US$ 2,9 bilhões). Depois do colapso, a companhia que controla a estação entrou com pedido de falência. Segundo Dhar, funcionários o procuraram para oferecer um emprego no departamento de comunicação da corporação, com salário de US$ 1 milhão por ano. "Arrogância absoluta! É algo que nunca tinha visto companhias americanas fazerem no exterior", declarou. Informações da Agence France-Presse [15/4/02].