Saturday, 21 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

Comunique-se

DINES & NASSAR PREMIADOS

"Alberto Dines e Paulo Nassar, personalidades da Comunicação", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 26/04/02

"A entrega do Prêmio Personalidade de Comunicação, que aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira (25/4), durante o 5? Congresso de Comunicação Empresarial, foi marcada pelo discurso emocionante de Alberto Dines, que recebeu o prêmio na categoria Imprensa. Paulo Nassar foi o ganhador do prêmio na categoria empresarial.

Para presidir a mesa foi chamado o jornalista Miguel Jorge, ganhador do prêmio no ano passado. Sem valor financeiro, o Prêmio Personalidade da Comunicação é realizado através de votação direta.

Foram exibidos dois vídeos sobre os premiados. Paulo Nassar foi o primeiro a receber o prêmio. Ele afirmou ser o símbolo de uma série de pessoas que fizeram da comunicação empresarial um elemento importante para as corporações.

Dines leu um discurso de dez minutos. Ele fez questão de lembrar que sempre foi contra prêmios jornalísticos, por acreditar que são uma forma que as corporações e as entidades têm em melhorar sua imagem junto à imprensa. Mas não deixou de agradecer com muito entusiasmo aos organizadores do evento e aos eleitores. ?Confesso ter ficado surpreso?, disse. Dines dedicou o prêmio a jornalistas que, a seu lado, idealizaram o Observatório da Imprensa, como Nelson Hoineff, Muniz Sodré, Luiz Egypto, entre outros."

 

AOL NO VERMELHO

"AOL Time Warner tem prejuízo de US$ 54 bilhões", copyright BBC Brasil, 25/04/02

"A AOL Time Warner, uma das maiores empresas de mídia do mundo, teve um prejuízo de US$ 54,2 bilhões (R$ 127,5 bilhões) nos primeiros três meses deste ano.

Trata-se da maior perda trimestral já registrada por uma empresa americana – o equivalente ao PIB do Uruguai.

Parte do prejuízo foi atribuída a mudanças nas técnicas de contabilidade usadas pela empresa. A AOL contabilizou US$ 54 bilhões em perdas na área da internet.

Mas uma forte redução dos negócios do grupo, principalmente devido à queda do volume de anúncios publicitários, também foi determinante para o mau resultado.

Filmes em alta

A contabilização das perdas da AOL Time Warner na área de internet já era esperada pelo mercado.

Mesmo assim, muitos analistas agora estão reavaliando se a compra da Time Warner pela AOL em 2000 foi um negócio tão bom quanto se considerou na época.

Mas nem tudo são notícias ruins para a AOL – a empresa anunciou que seu faturamento no primeiro trimestre foi 3% maior do que no mesmo período de 2001, chegando a US$ 2,05 bilhões.

Uma das razões do bom faturamento da empresa foi o desempenho da área de produção cinematográfica do grupo, responsável por sucessos como Harry Potter e a Pedra Filosofal e O Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel.

Harry Potter faturou US$ 960 milhões nas bilheterias, no segundo melhor resultado da história do cinema.

Já O Senhor dos Anéis ocupa o quinto lugar na mesma classificação, com US$ 830 milhões.

Outra empresa do grupo, a rede de TV CNN, reportou um crescimento de 55% de sua audiência.

Os resultados porém foram menos favoráveis na área de internet, bastante afetada pela queda da receita com anúncios publicitários.

AOL Time Warner registra prejuízo recorde de US$ 54,2 bi no 1? trimestre, FSP, 25/4/02

A AOL Time Warner, maior grupo mundial de internet e mídia, teve prejuízo de US$ 54,2 bilhões nos três primeiros meses do ano, depois de ter assumido pesados encargos contábeis no período. As perdas são tidas como as maiores já registradas, em um único trimestre, por uma corporação norte-americana.

A companhia controla a America Online, as revistas ?Time? e ?People? e a rede CNN, entre outras empresas. No mesmo período de 2001, o prejuízo do conglomerado tinha sido de US$ 1,37 bilhão.

A AOL Time Warner teve despesas de US$ 54 bilhões em decorrência de questões contábeis relativas à compra da Time Warner, em 2000, por US$ 106,2 bilhões.

Segundo a empresa, os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização subiram 3%, para US$ 2,05 bilhões.

As receitas cresceram 4%, para US$ 9,8 bilhões, devido ao bom desempenho das divisões de TV a cabo e à produção de filmes como ?O Senhor dos Anéis?. O mesmo não ocorreu com as unidades de música e de internet.

Expectativa

?De uma maneira geral, exceto pelos anúncios na internet, o desempenho de nossas atividades está dentro de nossas expectativas?, afirmou o diretor-executivo do grupo Richard Parson. ?A queda na receita com anúncios na internet ainda é um desafio, mas tomamos medidas decisivas para equacioná-lo.?

Segundo a companhia, o faturamento do grupo crescerá entre 5% e 8% neste ano.

Desde a fusão da AOL com a Time Warner, em janeiro de 2000, as ações do grupo já caíram cerca de 70%. Só neste ano, a desvalorização foi de 40%. Rivais, como a Disney, tiveram um desempenho melhor."

 

"Analistas descartam divórcio entre AOL e Time Warner", copyright Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br), 22/04/02

"As ações da AOL Time Warner despencaram para a um patamar tão baixo que alguns analistas de Wall Street chegam a prever um desmembramento da empresa, mas a maioria acredita que esse movimento é improvável, pelo menos a curto prazo.

As ações da maior companhia de mídia e internet do mundo caíram para níveis de dezembro de 1998, o que fez com que alguns analistas atribuíssem valor quase nulo para a unidade de web.

Quando ocorreu a fusão entre AOL e Time Warner, em janeiro de 2000, investidores temiam que a ?velha mídia? representada pela produção de músicas, filmes, publicações e televisão da Time Warner, prejudicasse a valorização da AOL.

Agora eles estão preocupados é com a desaceleração da AOL, decorrente da expansão muito mais lenta do número de assinantes e da queda nas verbas da publicidade online.

?Quando as coisas começam a ficar feias, as pessoas procuram meios para reduzir os preços das ações?, disse Vick Khoboyan, analista da Financial Management Advisors. ?A razão da fusão era a AOL. Desmembrar as empresas é jogar fora os ganhos de sinergia?, acrescentou.

O porta-voz da AOL Time Warner Ed Adler disse que um desmembramento das operações ?não era algo que estava sendo pensado.? Ainda assim, alguns analistas em Wall Street não descartaram essa possibilidade.

?Talvez em 12 ou 24 meses a AOL decida que foi um erro e se separe, mas não agora?, disse um banqueiro que pediu para não ser identificado."

 

"Uma união turbulenta", copyright Veja, 1/05/02

"O casamento foi anunciado em janeiro de 2000. Naquele mês, parecia a mais promissora das uniões. A bolsa americana de ações de alta tecnologia, a Nasdaq, o verdadeiro coração do que seria uma nova economia, batia recorde atrás de recorde. Enquanto isso, despencava o índice Dow Jones, aquele que mede o desempenho das ações das empresas tradicionais, então chamadas, não sem certa arrogância, de velha economia. Pois bem, nesse ambiente promissor, o tradicional império de mídia e entretenimento Time Warner (que publica as revistas Time e Fortune, entre várias outras de sucesso) aceitou ser comprado pela America Online (AOL), estrela da era digital. Três meses depois, em abril de 2000, a bolha de internet estourou. Começaram a aparecer prejuízos bilionários por toda parte. Indiferentes, Time Warner e AOL deram seguimento à fusão mesmo com todas as indicações de que o casamento seria turbulento. Em janeiro de 2001, a união foi aprovada pelas autoridades americanas. Na semana passada, o resultado dos primeiros quinze meses da fusão veio a público. O grupo AOL Time Warner divulgou perda de 54,2 bilhões de dólares.

O anúncio público decorre das novas regras contábeis impostas às empresas pelo governo americano desde o escândalo da companhia de energia Enron, que estourou em dezembro do ano passado. Antes, as empresas americanas podiam diluir perdas advindas de fusões e incorporações em até quarenta anos. Agora, numa tentativa de aumentar a transparência de seus números, elas são obrigadas a lançar o prejuízo de uma só vez no balanço. A operação se denomina, em inglês, write-down e significa a redução deliberada do valor patrimonial de um bem lançado no balanço. Em geral, as companhias fazem essa operação para refletir a obsolescência de um equipamento ou imóvel. No caso da AOL Time Warner, a operação refletiu principalmente a perda de valor das ações da empresa no último ano.

É aí que mora o problema. A estratégia do grupo é vista com enorme desconfiança pelo mercado depois do estouro da bolha de alta tecnologia. O grupo experimentou uma queda geral de faturamento em publicidade. Quem mais sofreu foi justamente a AOL, com uma perda de 30%. A base de assinantes até cresceu, mas não conseguiu suprir as necessidades de caixa. ?As companhias digitais ainda não encontraram a formatação ideal?, diz Bruno Laskowsky, consultor da A.T. Kearney. Os especialistas concordam, porém, que vai encontrar o caminho do lucro digital justamente quem fez a aposta mais ousada. Nesse contexto, AOL Time Warner sai na frente de todo mundo."