TELETIPO
A família do jornalista Daniel Pearl, assassinado por extremistas islâmicos no Paquistão, considerou "sem coração" a decisão da CBS de veicular as imagens anteriores à execução, filmadas pelos seqüestradores. O momento em que Pearl foi morto não foi exibido, mas os espectadores do CBS Evening News puderam acompanhar como ele foi forçado a dizer que era judeu pouco antes de morrer. Segundo a AP [15/5/02], Dan Rather, o veterano âncora da CBS, justificou a exibição, dizendo que era importante mostrar a guerra de propaganda contra os EUA. A família de Pearl disse não compreender o que justifica reviver a tragédia".
A Diageo, conglomerado britânico de bebidas, vai anunciar em canais locais e a cabo dos EUA, atingindo até 90% da população americana, já que a NBC, pressionada por ativistas, decidiu não mais veicular propaganda de álcool. As estações locais, em plena crise, estão ávidas pelo bilhão de dólares que a destilaria pretende gastar nos próximos cinco anos para divulgar marcas como Smirnoff e Tanqueray. Guy Smith, da Diageo, criticou decisão a NBC, que considera arbitrária: "Queremos acesso à TV, que ainda é o meio de propaganda mais eficiente neste país. Álcool é álcool", disse, alegando não ver diferença entre destilados, vinho e cerveja. As informações são da Reuters [9/5/02].
Nova lei que aumenta impostos para jornais e revistas está gerando protestos de proprietários de veículos de comunicação, advogados e grupos de defesa dos direitos humanos no Quênia. As publicações também serão submetidas a controle oficial antes de chegarem às mãos dos leitores. Multa e prisão estão previstos para editoras e distribuidores que não cumprirem com estas obrigações. O governo do país africano garante que a medida tem intenção de combater o sensacionalismo da imprensa marrom, mas opositores ao regulamento dizem que ele quebrará os pequenos jornais e é, na verdade, maneira de limitar a liberdade de expressão. A BBC [10/5/02] informa que o Quênia terá eleições presidenciais no segundo semestre.