O Observatório da Imprensa analisa como a mídia cobre os reality shows e os seus impactos na sociedade
A morte de três astros do esporte francês que participavam do programa Dropped na Patagônia argentina traz de volta à pauta os realities shows. Criado como entretenimento, os programas que se dedicam a acompanhar a vida alheia já causaram 8 mortes ao redor do mundo, mas este fato não recebeu atenção da mídia. Em compensação, o dia- a- dia dos participantes de realities estampam capas e ganham destaque em sites e revistas mundo afora. Catapultando pessoas comuns ao mundo das “celebridades”. Desde o início, o reality foi polêmico. Em 1973, nos Estado Unidos, um programa inédito para a televisão acompanhou a rotina de uma família americana. O cotidiano dos participantes era gravado e exibido durante uma hora diariamente. A repercussão foi enorme e as críticas também. A família representada não gostou do resultado e participou de vários programas de TV que discutiram o caso. De lá pra cá, pouca coisa mudou. A mídia repercute este tipo de programa com estardalhaço, mas não discute seus efeitos já que o Ibope que eles alcançam reverte em milhares de reais em publicidade para os cofres das emissoras.