TELETIPO
Hand-dolgor, editora do diário mongol Ug, foi condenada a um ano de prisão pela publicação de uma informação falsa que indiretamente levou à morte de uma mulher. Segundo os Repórteres sem Fronteiras [2/8/02], artigo de março que deplorava a disseminação da Aids na região norte do país nomeou uma mulher que teve diversos parceiros sexuais como suposta vítima da doença. Em 26 de abril, um teste revelou que ela era HIV negativo e o diário publicou pedido de desculpas na primeira página. No entanto, em 18 de maio, a mulher foi espancada até à morte por um de seus amantes, que exigia provas de que ela não tinha o vírus.
O jornal britânico The Guardian concordou em pagar 10 mil libras (mais de US$ 15 mil) ao ativista de direitos humanos James Mawdsley por artigo publicado em junho do ano passado. Escrito por dois freelancers, a matéria o descrevia como hipócrita, que se preocupava mais em usar sua fama para construir carreira de político do que com as conseqüências de suas atividades sobre o povo de Burma. Segundo Clare Dyer [Guardian, 31/7/02], uma alta corte londrina considerou o artigo falso e difamatório e o jornal se retratou, pedindo desculpas a Mawdsley e publicando uma correção.
A fita da entrevista de Charles Kennedy a Jeremy Paxman (Newsnight) recebeu a etiqueta de "acesso restrito" pela BBC. No programa, Paxman perguntou ao líder democrata se o incomodava a reputação de beberrão. "Todos os políticos com que falei disseram a mesma coisa: você está entrevistando Charles Kennedy, espero que ele esteja sóbrio." Muito criticado, o apresentador depois pediu desculpas a Kennedy. Segundo John Plunkett [The Guardian, 30/7/02], tal classificação da fita significa que ela não poderá ser usada em documentários, e só será exibida novamente em "circunstâncias extraordinárias".