A BBC irá reabrir sua sucursal de Beirute, 15 anos após ter deixado o Líbano por razões de segurança. ‘Nos últimos 15 meses, nós vimos o Líbano voltar ao topo da pauta de notícias internacionais. Estamos confiantes de que temos uma equipe ótima para analisar e explicar uma das mais complexas partes do mundo para nosso público ao redor do globo’, afirma Simon Wilson, editor dos escritórios da BBC News no Oriente Médio.
O correspondente Jim Muir, com bastante experiência no Oriente Médio, irá cobrir assuntos de política regional direto de Beirute, tratando questões sobre o conflito entre Líbano e Síria no mesmo edifício onde funciona a Associated Press. ‘Eu cobri todos os grandes eventos no Líbano nos anos 70 e 80, mas tive que ir para o Chipre em 1980 porque estava em uma lista de ameaçados pela Síria’, contou o jornalista em entrevista ao Lebanon Daily Star.
A nova sucursal terá também dois correspondentes locais. Kim Ghatta cuidará do serviço de notícias em língua inglesa e Nada Abdel Samas trabalhará para o novo serviço em língua árabe – que deverá ser lançado em 2007.
Microcosmo
Enquanto o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, no ano passado, e a pressão internacional para que a Síria abandonasse a região fizeram com que o Líbano se tornasse mais interessante jornalisticamente, Wilson ressalta que a BBC não está lá para noticiar apenas ‘balas, bombas e assassinatos’. ‘O Líbano é um microcosmo do Oriente Médio’, afirma ele. ‘É 50% cristão e 50% muçulmano, com xiitas e sunitas vivendo lá. Também é um país muito livre, com vídeos pop ocidentais passando na televisão’. Informações de Ben Dowell [The Guardian, 2/6/06].