TELETIPO
Dedicada à promoção da responsabilidade social de corporações (CSR, em inglês), a equipe da revista Business Ethics preparava a edição de 15? aniversário quando foi surpreendida pela notícia das irregularidades cometidas por Enron, WorldCom e Arthur Andersen. Ânimo arrasado ? os fatos parecem comprovar que o título da publicação é mesmo um paradoxo ?, o colaborador Milton Moskowitz se pergunta: “O que a CSR realmente conseguiu fazer? Muito do movimento foi apenas uma cortina de fumaça de relações-públicas.” A editora Marjorie Kelly também lamenta, afirmando que toda a luta foi em vão. Prova disso é que a Enron já foi elogiada pelo movimento: “Ela ficou três anos na lista das 100 melhores companhias para se trabalhar… Tinha ótimas políticas sobre mudança climática, direitos humanos e (de fato) anticorrupção.” Informações de Peter Carlson [Washington Post, 13/8/02].
O editor-chefe do semanário al-Jazira está preso na Jordânia desde 14 de agosto pela publicação de artigo e charge que criticam autoridades do Catar. Mamoun al Roussan e o publisher do jornal, Sakher Abu Anzeh (solto sob fiança), são acusados de prejudicar relações com outro país, desrespeitar um chefe de estado estrangeiro e disseminar histórias falsas. A charge retratava o líder do Catar como uma cantora e seu ministro de Relações Exteriores como uma dançarina do ventre, e o artigo, publicado em outro jornal da mesma editora, denunciava ligações duvidosas entre o ministro e Israel. Para Robert Ménard, secretário-geral do Repórteres sem Fronteiras [17/8/02], Roussan foi preso para apaziguar os ânimos do governo do Catar, depois que a Jordânia fechou a sucursal da emissora al-Jazira no país.
Nos dias de glória do TV Guide, Andy Warhol, Salvador Dali e Norman Rockwell foram alguns dos artistas que criaram capas para a revista, que contava com textos de John Updike e Betty Friedan e alcançava uma tiragem de 20 milhões de cópias (no seu auge, nos anos 70, chegou a vender 40 milhões). Agora, na comemoração de meio século de vida, TV Guide ainda mantém o posto de semanário de maior circulação dos Estados Unidos, mas tem apenas nove milhões de leitores. Segundo Jonathan Curiel [San Francisco Chronicle, 12/8/02], as poucas matérias sérias que publica ? como artigo de Dan Rather no Afeganistão ? estão enterradas no meio de fofocas sobre artistas de cinema.