Há três meses no cargo de publisher do Wall Street Journal, L. Gordon Crovitz planeja mudanças. O projeto de reforma gráfica – chamado internamente de ‘Journal 3.0’ – terá forte influência do sítio do jornal, que existe há dez anos. ‘A mídia impressa – especialmente os jornais – precisa se unir à internet para permanecer viável e dinâmica. O sítio do WSJ é um bom exemplo da fusão de ativos de um jornal de forma a valorizar os dois produtos, para anunciantes e leitores’, afirma Eric Blankfein, diretor sênior de comunicações da Horizon Media, agência de Nova York.
Crovitz informou que o relatório mais recente sobre tiragem paga do jornal mostrava um declínio de 1%. Mesmo assim, o WSJ apresentou sete meses consecutivos de ganhos com publicidade – no primeiro trimestre houve um acréscimo de 18% nos lucros com anúncios. Quanto à edição online, foram cadastrados 30 mil novos assinantes no ano passado, totalizando 761 mil internautas.
O protótipo do novo WSJ deve ficar pronto ainda este mês, mas sofrerá alterações antes de ser lançado, no ano que vem. Sabe-se que a nova edição impressa será em um formato menor, e provavelmente a capa terá uma coluna com um índice de notícias. Também será dado mais espaço aos artigos de análise, em vez daqueles que simplesmente informam os fatos, tendo em vista a rapidez da transmissão de informações na era digital.
‘É uma grande oportunidade para nos ajudar a superar o excesso de informações, adicionando mais contexto ao conteúdo’, afirmou Crovitz em relação ao projeto. O WSJ também tem planos de distribuir conteúdo em texto, áudio e vídeo através de celulares. Informações de Nat Ives [AdAge.com, 29/5/06].