Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Jornalista ferida em ataque chega aos EUA

Chegou aos EUA na tarde de quarta-feira (7/6) a jornalista Kimberly Dozier, correspondente da CBS News gravemente ferida em uma explosão no Iraque, no mês passado. O avião que levava Kimberly pousou na Base Aérea de Andrews, em Maryland, para que ela fosse transportada para um hospital militar para o tratamento de sérios ferimentos na cabeça e pernas. Segundo os médicos, o estado da jornalista ainda é crítico, mas estável.


Kimberly, que tem 39 anos, havia sido transferida de Bagdá para um hospital militar na Alemanha e estava entre os 40 pacientes levados para os EUA no vôo. A CBS News mostrou imagens da jornalista movendo a cabeça e os olhos e falando enquanto sua maca era transportada para um carro.


‘A primeira fase foi salvar a vida dela’, afirmou a vice-presidente da emissora, Linda Mason. ‘A segunda fase é começar a remodelar sua vida, consertar suas pernas para que ela possa andar, consertar seu espírito para que ela possa ter uma vida tranqüila’.


Memorial Day


Kimberly sobreviveu a um ataque a bomba em Bagdá, em 29/5, quando reportava sobre as tropas americanas no Iraque durante o Memorial Day, data dedicada à memória dos americanos mortos em combate. Dois membros da equipe da CBS News – o cinegrafista Paul Douglas e o técnico de áudio James Brolan – morreram na explosão, assim como um soldado americano e um intérprete iraquiano.


Os três profissionais de imprensa, que acompanhavam um comboio formado por militares americanos e iraquianos, haviam subido em um veículo Humvee e estavam usando roupas de proteção, capacetes e óculos especiais.


A jornalista foi inicialmente tratada em um hospital na Zona Verde, área superprotegida no centro de Bagdá onde se concentram embaixadas, o comando das forças americanas e o governo iraquiano. Ela sofreu cirurgia nas pernas e na cabeça para remover estilhaços da explosão. Desde a semana passada, a condição de Kimberly tem melhorado. Ela já consegue comer, respirar sem aparelhos e se comunicar. Segundo a CBS News, ela afirmou aos médicos que lembra do ataque. Informações de Christine Hauser [The New York Times, 7/6/06].