Enfim, um novo (re)começo! Ou que depois da luz (talvez aquela, no fundo do túnel, ainda não encontrada) é que se segue a noite escura… (Demais adoradores de antíteses e de figuras de linguagem que se ergam em justa causa em prol do profundo período que chegamos.) O barroco já se foi. Ficou entregue ao léu, ao relento. E como agora as nossas profundezas oceânicas são outras, melhor não entrar muito no mérito do assunto por causa dos possíveis efeitos colaterais. Coisa ruim pega! Daí o fato de especialistas dizerem que vivemos mais no efeito imitativo do que no normal. Se o pai-Freud não explica, basta lembrar que temos cenas extras que diferenciam em muito daquelas conjugais.
Quanto à famosíssima frase do ‘não é nada disso o que você está pensando’, uma vez findado o forçado Caminho das Índias, diga-se lá – que pós tortuosa aeróbica de encenação e dramaturgia, meu Deus!, aonde é que tinham enfiado aquela caixa de som?, um sofrimento só daquelas famílias em unir sempre, ‘a três’, os pombinhos… – que caminho agora vamos tomar? Uma bússola? De táxi-sola, no eixo Brasil-Mumbai é que não dá, né? Só se for a caminho do que reza o legado tema deixado por Torquato Neto – aquele do ‘eu, meu, tal’, e que se encaixa muito bem na nova geração ‘pré’. Salina. Sais. Minerais. Note que em pouco a confusão vai estar armada até nas barraquinhas dos obstinados camelôs da Rua 25 de Março Paulistana. Na lei da oferta e da procura, ‘Volte sempre, obrigado’, quem sabe os genéricos façam carreira à beira mar.
Porém, lembre-se que resgatar certos valores tem sempre um duplo sentido!
Barriga de cevada
Ânimo, minha gente! Collorimos até a união, que faz a força. Se mudaram uma coisinha de nada na nossa ortografia, temos futuro, os pingos continuam ainda em cima dos ‘iis’; temos boa aparência, praxe, que ante algumas forçadas, temos ‘petro’, temos sal. Salitre. E se temos (até em saquinhos comestíveis), logo, existimos. Com muito peito pra isso. E vou lá querer saber da minha pressão atmosférica, se praticamente estou nas alturas, feito um balão inflável?
Então, achegas, tchê! Aeroporto, pra mim, só o de Viracopos! No duplo sentido: tequila, limão e sal(picado). A minha língua pode ser presa, mas sou ‘bio’, quarto-primário, energético, efervescente. Sem sósias. Nada de esquisitices públicas, brincadeiras insossas, frescobol ou simancol. Agora também sou digital, bloguista, blogueiro. Twitter mania! Só não entendo o porquê da granja ser do Torto e não do… Geração pré, petro(-lula) e nada a ver com a cantiga do que colocaram em cima do piano. Por que haveria de querer pisar no calo de Aquiles se aprendi a bater uma bola, um bolão? ‘À energia boa, sangue bom!’ Tome nota, pois quem faz sombra na ala inferior é barriga de cevada e que existe casos que nem mesmo cirurgia plástica resolve. Luz interior, sabidão, só na geladeira e registre que você não precisa enfiar a cabeça dentro do micro ondas pra entender um pouco de eletricidade. Fio descascado, pra inglês ver, é never, more! Em albanês: Kurrë (‘jamais’). Yes, Big, Grandão!
Não nasci de óculos
Aliás, não vivemos na chamada e idolatrada ‘independência ou sorte?’ até dos inofensivos palitinhos. Não tirou a sua? Pois, tire, e guarde logo. E como co-habitamos numa verdadeira ‘Torre de Babel’, segura mais essa: Pied-à-terre (do francês ‘pé no chão’) que o nosso ‘pré-lulismo’ anda mais é pra Sarkozy porque comer escargot não dá papas na língua. Só não mexam com a Carla porque ela continua sendo a Bruni e eu me encho de garbos por isso. E eu sei, eu sei, se nem tudo o que reluz é ouro, logo, estrelas mudam de lugar. E como! Nem no dedo mindinho escapa um.
Daí também de ter ouvido de bombordo (algo assim do man over board), e de estibordo, que relações governamentais demoram a amadurecer não por força da natureza ou sob a batuta de quem, mas que é bom não confundir a culpa do baixinho do baralho com o vendedor de alho. E achegas mais de perto, tchê, que na variante das muitas línguas, dançamos até um tango argentino nas costas do Diego Maradona. El-Dieguito e El-Diablo en el Ojo (Colírio à mão, por favor). Porque pra mim, a minha doce Aurora também continua sendo a mulher de verdade. Que afora a ‘gaiola das loucas’, por ora ando mais é sentindo falta de uma daquelas sardinhadas de Comissão Parlametar no balanço de tão honrada Casa. Botaram panos quentes em tudo e ponto final. E como não se fala mais nisso, o que é secreto, tem que seguir o seu curso normal – outros haverão que surgir. E porquanto uns riem, outros choram; aspirantes driblam, se esperneiam e se transformam… Não nasci de óculos, mas tenho lá minhas (pré)visões equilibradas ao lado do decorado pra, pre, pri, pro, pru.
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Jornalista e escritor