TELETIPO
O presidente Bush, Osama bin Laden, o rapper Eminem e Saddam Hussein estão na lista de candidatos da revista Time para Personalidade do Ano de 2002. A Time revelou os aspirantes ao título de "pessoa que mais afetou o noticiário e nossas vidas, por bem ou por mal, neste ano" e, pela primeira vez em 75 anos, decidiu estender o debate para além da redação, normalmente decidido pelos editores. Numa conferência mediada pelo editor Jim Kelly, no entanto, a discussão acabou restringindo-se ao tema terrorismo e aos nomes de Bush e bin Laden. Informações de Patrick Rizzo [Reuters, 21/11/02].
Bill Maher, âncora do programa Politicamente Incorreto, cancelado devido a comentários que fez sobre o 11 de setembro, fechou acordo com a HBO para apresentar um talk show de uma hora de duração, em fevereiro do ano que vem. Maher perdeu o programa na ABC e o apoio de anunciantes ao concordar com um convidado que o termo "covarde", usado por Bush para falar dos terroristas que seqüestraram o avião, seria melhor empregado na descrição dos ataques aéreos americanos contra o Afeganistão. Segundo Media Life [21/11/02], a HBO prometeu a Maher um "fórum sem censuras pela primeira vez na TV".
O Parlamento Europeu aprovou em primeira instância projeto de lei que proíbe a distribuição gratuita de produtos da indústria do tabaco como estratégia promocional. Segundo a CNN [20/11/02], a Comissão Européia ? braço executivo da União Européia ? tenta aprovar as regras como uma medida de comércio interno, o que exigiria o apoio de apenas 15 nações; no passado, tentou-se proibir a propaganda de cigarro em cinemas e outdoors, mas a Alemanha, apoiada pelas companhias de tabaco, reverteu a decisão no tribunal de justiça alegando que as restrições eram uma lei de saúde pública e, portanto, necessitavam de apoio unânime.
A Organização Egípcia pelos Direitos Humanos condenou a TV estatal pela exibição da série baseada nos Protocols of the Elders of Zion, uma falsificação anti-semita fabricada pela polícia secreta da Rússia czarista. O Ministro da Informação do Egito negou que a série seja anti-semita e defendeu o programa como um caso de liberdade de expressão. Para o grupo, no entanto, "diferentes formas de expressão não podem ser usadas para propagar eventos que incitem ódio". Informações da AP [19 e 20/11/02].