BALANÇO 2002
Victor Gentilli
O velho debate da exigência do diploma para o exercício profissional do jornalismo voltou à pauta com a decisão ? precária, mas em vigor até agora ?, da juiza Carla Rister. Muitos escreveram sobre a questão. Os textos publicados no Observatório da Imprensa chegaram a ser editados numa coletânea organizada pela Fenaj. Mas o professor Nilson Lage, de Santa Catarina, foi quem de fato trouxe novos e interessantes argumentos para o debate.
No final de abril, coube ao professor Bernardo Kucinski a conferência de abertura do V Fórum Nacional de Professores de Jornalismo. O Observatório publicou sua conferência na íntegra. O impacto foi grande. Na edição seguinte, Alberto Dines escreveu sobre o texto de Kucinski, considerando-o uma aula magna sobre a ética no jornalismo brasileiro e o ensino de ética nas escolas.
A grande referência mundial do ensino de jornalismo, a Universidade de Columbia, viveu em 2002 um dos seus momentos mais vigorosos, com um intenso debate sobre os novos caminhos do ensino. Norma Couri trouxe a questão para os nossos leitores com todas as tendências, implicações, repercussões.
Ainda da banda Norte do planeta, o professor Luiz Gonzaga Motta apresenta, de Barcelona, as novas visões sobre o jornalismo contemporâneo nas análises dos pesquisadores europeus. Texto fundamental.
2002 foi também o ano em que máquinas começaram a realizar o trabalho de jornalistas. Estudioso da questão há muitos anos, o professor Nilson Lage, que já escrevera sobre o tema nos primórdios deste Observatório, volta com um texto instigante sobre os jornalistas-robôs.
Este observador acompanhou sem maiores discussões o que ia acontecendo nas escolas. Com a perspectiva de mudança de governo, produziu um texto sobre a questão; dois outros textos deste observador também são apresentados neste balanço. Boa leitura.