GUERRA QUÍMICA
Emissoras de rádio e TV, jornais e revistas americanas estão treinando repórteres e investindo em equipamento de segurança para a cobertura de atentados terroristas envolvendo agentes químicos e biológicos. Conta James T. Madore [Newsday, 6/3/03] que o New York Times, por exemplo, designou 40 jornalistas das sucursais de Nova York e Washington para fazer parte de um time que será o primeiro a chegar aos locais de ataque vestido com roupas especiais e máscaras de gás. O mesmo tipo de procedimento está sendo adotado por empresas jornalísticas que trabalham nessas duas cidades, consideradas alvos prováveis de atentados pelo secretaria (ministério) da Defesa.
No Washington Post, água e comida estão sendo estocados para o caso de que um ataque impeça a equipe de voltar para casa. "Nossa primeira preocupação foi o que acontece com as pessoas aqui dentro se algo ocorrer e tivermos que fechar o prédio e mantê-lo em quarentena", explica o editor-executivo Leonard Downie Jr., lembrando que o edifício do Post fica a apenas três quadras da Casa Branca. O jornal já providencia máscaras e roupas especiais para repórteres e fotógrafos que rotineiramente cobrem manifestações de rua e enfrentam gás lacrimogêneo e spray de pimenta, usados pela polícia para dispersar a multidão.
Já a National Public Radio pretende usar informações da polícia e de autoridades médicas para avaliar a seriedade dos atentados antes de enviar repórteres ao local; por enquanto, a empresa não tem planos de comprar equipamentos de segurança.