GZM FECHA ACORDO
“Acordo cria nova reestruturação na ?Gazeta Mercantil?”, O Globo, 11/03/03
“Depois de cerca de dois meses de negociação, os empresários Luiz Fernando Levy, controlador da ?Gazeta Mercantil?, e German Efromovich, do Grupo Marítima, assinaram ontem acordo que dá início a um novo processo de reestruturação financeira do jornal. Os termos da associação não foram divulgados, mas segundo informações de mercado, Efromovich vai assumir o comando do dia-a-dia da empresa. A tarefa será entregue a um grupo de consultores nomeados por ele.
No único comunicado distribuído ontem, Levy ressalta que vai continuar com a responsabilidade de definir o conteúdo do jornal e de todas as publicações que levam o nome ?Gazeta Mercantil?, contrariando a expectativa inicial do mercado de que ele teria de ceder o posto para conseguir novo fôlego financeiro.
?As mudanças fazem parte da reestruturação organizacional iniciada em 2001 e garantem a permanência da marca que faz parte da vida dos formadores de opinião e da elite empresarial do país?, diz a nota.”
***
“Passivo trabalhista do grupo é de R$ 90 milhões”, O Globo, 11/03/03
“Às vésperas de completar 83 anos de circulação, a ?Gazeta Mercantil? enfrenta sua pior crise financeira. Só o passivo trabalhista é estimado em R$ 90 milhões. Não é a primeira vez que Levy apela para novos sócios. Em 2001, ele negociou a venda de participação acionária para Nelson Tanure, controlador do ?Jornal do Brasil, mas rompeu o acordo. À frente da Marítima, Efromovich tem negócios em setores tão distintos quanto aviação, telefonia e petróleo, e fatura US$ 200 milhões por ano.”
CRÍTICA DIÁRIA
“No Ar”, copyright Folha de S. Paulo
7/03/03 – ?Vem ser prefeito?
“Chico Pinheiro começou como sempre faz, afável, à tarde na Globo.
– Prefeita, boa tarde.
E contestou como sempre faz, com aberta simpatia, jamais com antagonismo à prefeita Marta Suplicy:
– Prefeita, quando os empresários sentaram à mesa com a prefeitura, conseguiram foi aumentar a tarifa. Prestam péssimo serviço. Buscam ônibus sucateado no Rio.
E tentou, mas não mais falou. Marta, como no debate em que mandou um adversário se calar, calou o âncora:
– Não é justo, Chico. Não é justo você falar isso não. Você fica falando como se a culpa fosse nossa. Não é. Nós temos sido muito duros com eles.
Tudo isso foi aos trancos, enquanto Chico Pinheiro tentava retomar a palavra. Só fez angustiar mais a prefeita, que partiu para os brados:
– Vem ser prefeito para ver o que que é! Seja o prefeito! É muito fácil ficar aí dizendo ?fez isso, aquilo, aumentou tarifa?.
E tome justificativas sobre o aumento da tarifa, até perder de novo o controle:
– Nós estamos lutando para melhorar esse transporte que é uma porcaria! E o povo falou pouco ainda.
É ainda mais ?porcaria? do que o povo diz. E Marta, pelos gritos, já percebeu que passou da metade do mandato.
As campanhas publicitárias petistas, inclusive a da prefeita, denunciam o embotamento precoce da esperança.
Vem Franklin Martins e comenta que, com o fim da trégua do MST, ?o governo topa pela frente com a primeira pressão dos movimentos sociais?.
Vem Boris Casoy e informa que ?um ladrão levou o carro do ministro da Justiça em São Paulo?, enquanto ?o Planalto não toma posição? sobre o que fazer com a violência no Rio.
Vem até Leonel Brizola e, nos intervalos, ataca a reforma da Previdência.
Lula está na trilha de Marta.”