THE WASHINGTON POST
Em sua coluna de 2/3/03, o ombudsman do Washington Post Michael Getler chama atenção para o documento, publicado pelo Pentágono em fevereiro, no qual é descrita a política a ser adotada pelos militares com relação aos cerca de 500 jornalistas que acompanharão as operações de invasão do Iraque pelos EUA. Getler escreve que o Post havia abordado o tema em janeiro, mas que não deu a devida importância a esse novo comunicado.
O ombudsman destaca que o documento prevê uma atuação independente dos jornalistas, garantindo-lhes o máximo acesso, dentro dos limites de segurança, às movimentações das tropas. Os repórteres poderão levar seus próprios equipamentos e transmitir a informação que desejarem. Os comandantes dos grupos que os jornalistas acompanharão terão autonomia para lidar com a imprensa da maneira que julgarem melhor, tendo em vista facilitar a cobertura. É provável, comenta Getler, que eles se orientem pelas recomendações do secretário de Defesa Donald Rumsfeld e pelo chefe do comando das Forças Armadas, general Tommy Franks.
De qualquer modo, essa política, como está no papel, é um avanço em comparação com os procedimentos do governo nas guerras pós-Vietnã. A postura, desde então, havia sido sempre a de restringir o acesso da imprensa. Agora, o Pentágono admite por escrito que a guerra também é travada no âmbito da opinião pública e que é necessário que as pessoas tenham acesso ao que ocorrerá no Iraque.