MUDANÇAS EM COLUMBIA
Victor Gentilli
A consagrada "J-school", curso de Graduação em Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York, continua debatendo seus rumos no século 21. Conforme informa o New York Daily News (10/3/03), o diretor Lee Bollinger anunciou algumas definições sobre o curso. Bollinger suspendeu os trabalhos da força-tarefa montada com 34 pesos-pesados da mídia e anunciou que pretende divulgar um esboço de manifesto com as novidades para a escola.
Aqueles que pensavam que Columbia se tornaria uma escola no estilo "comunicação de massa", com muita teorização sobre mídia, vão se frustrar. Igualmente aqueles que acreditavam que o curso continuaria essencialmente prático. A escola vai centrar-se na necessidade de conhecimentos de realidade do jornalista profissional. Há propostas de especializações em teoria econômica, direito, engenharia e medicina.
O maior dilema do novo diretor são os altos custos do novo projeto. Os alunos têm 28 anos em média, e um período regular de dois anos de estudos na J-school ultrapassa os 70 mil dólares. A escola busca soluções para este dilema.
A tradição em Columbia sempre foi a ênfase muito forte na prática profissional. O primeiro semestre era considerado um terror pelos alunos, pela necessidade de produção jornalística.
Também foi suspensa a pesquisa para indicação de uma lista dúplice para a escolha do novo reitor da instituição. Com a renúncia do antigo reitor, Tom Goldstein, assumiu o reitor associado David Klatell.
O diretor informa, no entanto, que não ocorrerão mudanças substantivas na escola. Mas permanecem os debates e a intenção de montar um curso sintonizado com as necessidades do jornalismo no século 21.
"O jornalismo é uma das duas ou três mais importantes profissões no mundo de hoje. Nós dependemos mais e mais do conhecimento dos jornalistas", diz Bollinger, que pergunta: "Há algum corpo de conhecimentos sobre o mundo superior ao produzido pelo trabalho dos jornalistas?"
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