Sunday, 24 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Pedro Doria

PLÁGIO NO JB

“Plágio é plágio”, copyright No Mínimo (www.nominimo.com.br), 11/03/03

Márcia, querida,

No início desta semana, tive a desagradável surpresa de ler metade de meu texto ?Em nome do dólar?, esquartejado em sete notas, transcrito na coluna que você assina com seu nome – Márcia Peltier – no Jornal do Brasil.

Hoje a surpresa foi um cadinho mais desagradável, quando você publicou isto:

Foi mal

Fiando-se nas informações de um velho conhecido, o empresário Sérgio Costa e Silva, que acabava de chegar de uma viagem ao Irã, esta coluna publicou, na terça-feira, uma série de notas alusivas à crise que tem o Iraque como epicentro.

No dia seguinte, ficou constatado que circulava na internet uma matéria, com as mesmíssimas informações e trechos idênticos, assinada pelo jornalista Pedro Doria.

Para piorar as coisas, sabe-se, agora, que a fonte de todas as informações é um artigo que circula na internet desde janeiro, escrito por Walter Clark – um estudante de comunicação americano – e desenvolvido com base em sua tese de pós-graduação.

A coluna pede desculpas aos leitores pelo escorregão.

É plágio, Márcia, vamos chamar pelo nome. Ninguém cobrou de você uma resposta, ou um pedido de desculpas. Ninguém a ameaçou com processo. Virou piada. Mas o texto publicado em sua coluna é meu. Eu o escrevi. Você surrupiou as frases.

Um jornalista depende de três coisas. Daquilo que ouve, daquilo que lê e da capacidade de contar num texto sua história. No fim das contas, nenhum jornalista é dono da informação. A profissão tem por objetivo justamente o contrário: o que fazemos é tornar informação pública. O que sobra ao jornalista, no fim das contas, é o texto, seu estilo.

O nascedouro

?Em nome do dólar? nasceu do toque de um amigo economista. Pautas surgem assim. Ele me dizia para prestar atenção na disputa entre euro e dólar a partir da transição do Iraque, que – você sabe – passou a vender seu petróleo na moeda européia. Tendo isto em mãos, fiz o que muito jornalista faz hoje em dia: fui no Google apurar.

Entre as muitas coisas que encontrei, estava lá o artigo, excelente, de William Clark. Mas estavam lá, também, coisas como o relatório público da Inteligência indiana a respeito da provável Guerra que, possivelmente, Clark também leu:

Nos anos 1970, não havia alternativa ao dólar. Em 1o de janeiro de 1999, a alternativa surgiu na forma do euro [.] Então, em novembro de 2000, quando o euro estava 30% abaixo do dólar, o Iraque exigiu da ONU aprovação para que fosse pago em euros.

O texto é de dezembro de 2002, antecede em um mês ao Clark. Como o de Clark, é uma longa análise econômica da guerra. Mas a questão não começou a preocupar os especialistas em dezembro, com a proximidade da guerra. Veja o caso do artigo ?Saddam riu por último?, assinado em março de 2001 por Arjun Makhiaji, presidente do Instituto de Pesquisa em Energia e Meio-ambiente, nos EUA.

No último outono, em protesto contra a política dos EUA no Oriente Médio, o Iraque pediu à ONU permissão para fazer pagamentos em euros. Na seqüência, o Irã levantou a possibilidade de fazer o mesmo. Ambos os movimentos ensaiam uma mudança potencial na política de preços da OPEP. Estabelecer o preço do petróleo em euros, ao invés do dólar, poderia causar uma tremenda fuga do dólar.

Mas antes ainda de o Iraque conseguir a autorização da ONU, Steve Hickel, editor do site Gold Eagle, já analisava as potenciais conseqüências, em setembro de 2000.

O Iraque decidiu que não vai mais aceitar dólares por petróleo. Qual você acha que é o efeito disto no dólar e no euro? [.] Na minha opinião, nós veremos o dólar comprando euros ao invés de petróleo diretamente. Isso vai reverter a atual relação euro-dólar.

Mas não só os analistas falavam disso; também estava no noticiário, como esta reportagem da Reuters, de 30 de outubro de 2000.

O embaixador do Iraque na ONU, Saeed Hasan, informou hoje que Bagdá vai esperar até o dia 6 de novembro, ao invés de fazer a substituição no dia 1o, conforme anunciado. O Iraque chamou o dólar de moeda dum ?Estado inimigo?. [.] Os contratos para a importação, assim como para a venda de petróleo, estão numa conta em dólar na filial de Nova York do banco francês BNP-Paribas. Mais de 10 bilhões de dólares estão no banco.

A informação é pública, está espalhada pelo mundo a um clique do mouse de quem quiser buscá-la. Não se paga nada por isso. Após a publicação de ?Em nome do dólar?, o semanário britânico The Observer escreveu sobre o assunto. A ONG norte-americana Green House Peace Project soltou um release sobre o tema. Gilson Schwartz, na Folha de S. Paulo do último domingo, voltou à questão. A disputa entre euro e dólar não é posse de ninguém, é um fato cada vez mais discutido.

O plágio

Do Aurélio:

Plagiar: V.t.d. 1. Assinar ou apresentar como seu obra (artística ou científica) de outrem. 2. Imitar trabalho alheio.

Meu artigo não é plágio do de William Clark, como você insinua sem ter lido Clark, porque muito da informação que listo não está no artigo dele. E a informação que ele usa e que eu também uso está em vários outros cantos da Internet.

A sua coluna é plágio da minha porque o texto é meu.

Vamos lá nota-a-nota.

Você escreve:

Em novembro de 2000, véspera da eleição presidencial nos EUA, o Iraque mudou a moeda com a qual operava suas vendas de petróleo: saiu o dólar, entrou o euro. Foram negociados US$ 10 bilhões de dólares, 15% do PIB iraquiano ou, 0,1% do PIB dos EUA. Em meados de 2001, Saddam trocou, de novo, por euros, US$ 10 bilhões. Parecia pirraça: o euro valia 82 centavos de dólar. Só que aí veio o 11 de Setembro, o fortalecimento da moeda européia e a operação acabou sendo muito lucrativa.

Eu escrevi:

No dia 6 de novembro de 2000, véspera da eleição presidencial nos EUA, o Iraque mudou a moeda com a qual operava suas vendas de petróleo: saiu o dólar, entrou o euro. [.] O Iraque tinha bloqueados sob o olho vigilante da ONU, numa conta em Nova York, 10 bilhões de dólares, ou 15% de seu PIB – 0,1% do PIB norte-americano. A conversão das vendas futuras para o euro foi vista como uma pirraça sem sentido. [.] Em meados de 2001, vendeu os 10 bilhões de dólares de reservas e trocou-os também por euros. Só que aí veio o 11 de setembro e uma de suas conseqüências foi o crescente fortalecimento da moeda européia. A operação de troca de moeda terminou sendo imensamente lucrativa.

Algumas informações estão no texto de Clark – a comparação com os PIBs respectivos, não. Ao contrário do que você escreveu, o Iraque só fez uma vez a troca dos 10 bilhões.

Você escreveu:

Todo dia são gastos 2 bilhões de dólares com o combustível. Nas previsões otimistas, há petróleo para mais um século. Um quarto do petróleo mundial é consumido pelos EUA: são 20 milhões de barris por dia, ao preço de US$ 28 o barril, em janeiro.

Eu escrevi:

Todo dia são gastos 2 bilhões de dólares com o combustível. Nas previsões mais otimistas, há petróleo para mais um século. Aí acaba. Um quarto disto é consumido pelos Estados Unidos apenas. [.] Lá, são 20 milhões de barris por dia ao preço, em janeiro, de 28 dólares a unidade.

Nada disso está no texto de Clark, mas se você der um pulo no site do American Petroleum Institute e fuçar seus relatórios, encontrará dados que sejam mais recentes.

Você escreveu:

A balança comercial dos EUA, em fevereiro, ficou negativa em US$ 31,5 bilhões. E o maior negócio é o petróleo. Só que o país mais poderoso do mundo não controla quem o vende. Pelo menos, até agora.

Eu escrevi:

A balança comercial dos EUA é deficitária – só agora em fevereiro, ficou negativa na brincadeira de US$ 31,5 bilhões. [.] De todos esses negócios, o petróleo é o maior – e os EUA não controlam quem o vende. Clark trata do assunto mas com outros números.

Você escreveu:

No dia 12 de agosto de 2000, Saddam Hussein ofereceu ao presidente venezuelano Hugo Chávez um tour pelas ruas de Bagdá. Chávez era o primeiro chefe de Estado a visitar o Iraque desde o início das sanções da ONU. As imagens de Saddam ao volante, com o Chávez ao lado, fizeram a festa das tevês. O fato aconteceu quatro meses antes da posse de Bush.

Eu escrevi:

No dia 12 de agosto de 2000, um garboso Saddam Hussein ofereceu ao presidente venezuelano Hugo Chávez um tour guiado pelas ruas de Bagdá. Exatos quatro meses antes de a Suprema Corte decidir pela eleição da dupla Bush e Dick Cheney. Chávez era o primeiro chefe-de-estado a visitar o Iraque desde o início das sanções da ONU e as imagens de Saddam ao volante com o militar venezuelano no banco do carona fizeram a festa das tevês.

Clark nem cita o assunto.

Você escreveu:

Filiada à OPEP a Venezuela responde, nos últimos anos, por 13% a 15% do petróleo importado pelos EUA: 1,6 milhão de barris por dia. Com a crise política venezuelana, a companhia estatal de petróleo venezuelana, PDVSA, parou.

Eu escrevi:

Filiada à Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP, a Venezuela responde por uma conta que variou, nos últimos anos, de 13% a 15% do petróleo importado pelos EUA – 1,6 milhão de barris por dia. [.] Quando a companhia estatal de petróleo PDVSA parou, os EUA viram-se sem ter de quem comprar.

Novamente, Clark não entra em detalhes a respeito do comércio petrolífero entre EUA e Venezuela.

Você escreveu:

Os EUA tiveram de comprar petróleo do Iraque, que tem a segunda maior reserva do mundo. Bush havia cortado as importações iraquianas desde sua posse. Em dezembro passado, os EUA compraram 925 mil barris por dia; agora, em janeiro, foram 1,15 bilhão. Pagaram em euros.

Eu escrevi:

[.] Bush havia cortado as importações do combustível iraquiano desde sua posse, [.] Em dezembro, compraram 925.000 barris por dia; agora em janeiro, 1,15 bilhões. Pagaram em euros.

E você, Márcia, não pagou um tostão pelo texto. (Mas, pôxa, repetiu meu erro: era 1,15 milhão e não bilhões de barris.)”

“Chegamos à era do ?jornalismo tribalista??”, copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 17/03/03

“Na semana que passou aconteceu um fato lamentável, desagradável mesmo, mas que precisa ser discutido: o plágio cometido pela colunista Márcia Peltier, que se apropriou do texto do colega Pedro Doria, do site nominimo. Como, algo estranhamente, o fato não chegou a ser divulgado com a necessária amplitude, vou rememorar o que houve antes de botar a discussão na roda (quem leu o desenrolar dos fatos no blog, pode clicar na barra de rolamento, indo direto lá para baixo).

Na terça, dia 11, a coluna de Márcia Peltier abria com sete notas que formavam um único texto. Como não é algo tão grande assim, vai a íntegra:

Motivos

A guerra dos EUA contra o Iraque não é só pelo petróleo ou contra o terrorismo. O que está em jogo é também a sobrevivência do dólar como moeda padrão no mercado mundial.

Histórico

Em novembro de 2000, véspera da eleição presidencial nos EUA, o Iraque mudou a moeda com a qual operava suas vendas de petróleo: saiu o dólar, entrou o euro. Foram negociados US$ 10 bilhões de dólares, 15% do PIB iraquiano ou, 0,1% do PIB dos EUA. Em meados de 2001, Saddam trocou, de novo, por euros, US$ 10 bilhões. Parecia pirraça: o euro valia 82 centavos de dólar. Só que aí veio o 11 de Setembro, o fortalecimento da moeda européia e a operação acabou sendo muito lucrativa.

Ouro negro

Todo dia são gastos 2 bilhões de dólares com o combustível. Nas previsões otimistas, há petróleo para mais um século. Um quarto do petróleo mundial é consumido pelos EUA: são 20 milhões de barris por dia, ao preço de US$ 28 o barril, em janeiro.

Porém

A balança comercial dos EUA, em fevereiro, ficou negativa em US$ 31,5 bilhões. E o maior negócio é o petróleo. Só que o país mais poderoso do mundo não controla quem o vende. Pelo menos, até agora.

Passeio inesquecível

No dia 12 de agosto de 2000, Saddam Hussein ofereceu ao presidente venezuelano Hugo Chávez um tour pelas ruas de Bagdá. Chávez era o primeiro chefe de Estado a visitar o Iraque desde o início das sanções da ONU. As imagens de Saddam ao volante, com o Chávez ao lado, fizeram a festa das tevês. O fato aconteceu quatro meses antes da posse de Bush.

Outra moeda

Filiada à OPEP a Venezuela responde, nos últimos anos, por 13% a 15% do petróleo importado pelos EUA: 1,6 milhão de barris por dia. Com a crise política venezuelana, a companhia estatal de petróleo venezuelana, PDVSA, parou.

Então…

Os EUA tiveram de comprar petróleo do Iraque, que tem a segunda maior reserva do mundo. Bush havia cortado as importações iraquianas desde sua posse. Em dezembro passado, os EUA compraram 925 mil barris por dia; agora, em janeiro, foram 1,15 bilhão. Pagaram em euros.

Bom, quem lê Márcia Peltier sabe que ela é pouco mais do que uma colunista social à moda antiga, mas afeita a noticiar jantares de gala e operações plásticas do que a análises geopolíticas. Foi algo que notei na hora e tinha feito uma anotação mental para investigar, mas não era preciso me preocupar. Na mesma noite, um colega ligou e avisou que o que fora impresso no Jornal do Brasil era cópia de um artigo publicado por Pedro Doria no site nominimo. Fui conferir e realmente estava lá na coluna de 14 de fevereiro praticamente o mesmo texto (com uma ou outra alteração de pouca monta). O texto era este aqui.

Pus o que aconteceu no blog na mesma terça à noite, mas na hora em que estava digitando a notinha, me veio um estalo: ?pô, essa análise é de perito. O Doria é bom e coisa e tal, mas não sabia que ele era perito em geopolítica…?. Pensando um pouco mais, comecei a ter dúvidas até de que haja algum coleguinha no Brasil capaz de escrever um texto tão circunstanciado como aquele sobre o assunto sem ajuda externa. Voltei ao texto do Doria e não encontrei nenhuma menção a ele ter entrevistado alguém ou lido algo para embasar a tese. Entendi, portanto, que era uma análise completamente original.

Desconfiado (tenho o péssimo hábito, adquirido em mais de 20 anos de profissão, de desconfiar de tudo), resolvi dar uma busca no Google, por desencargo de consciência. Botei lá três palavras-chaves (Saddam, Chavez e Euro) e mandei ver. Bingo! A oitava ocorrência foi este catatau aqui (aliás, o texto do Doria era o segunda a aparecer). Como você verá, se tiver paciência de destrinchar 18 páginas em inglês, é basicamente a análise que saiu no nominimo, com um ou outro adendo secundário (como a visita de Chavez a Saddam, que, no entanto, você acha facilmente no Google botando apenas o nome dos dois). No texto gringo, escrito por W. (de William, descobri depois) Clark, há, no pé, uma extensa bibliografia, toda obtida na internet e com os devidos links.

Escrevi as notinhas no blog na terça e quarta-feiras, e pus-me confortável para esperar o desenvolvimento do espetáculo. Que continuou na quinta-feira com esta nota da Márcia:

Foi mal

Fiando-se nas informações de um velho conhecido, o empresário Sérgio Costa e Silva, que acabava de chegar de uma viagem ao Irã, esta coluna publicou, na terça-feira, uma série de notas alusivas à crise que tem o Iraque como epicentro.

No dia seguinte, ficou constatado que circulava na internet uma matéria, com as mesmíssimas informações e trechos idênticos, assinada pelo jornalista Pedro Doria.

Para piorar as coisas, sabe-se, agora, que a fonte de todas as informações é um artigo que circula na internet desde janeiro, escrito por Walter Clark – um estudante de comunicação americano – e desenvolvido com base em sua tese de pós-graduação.

A coluna pede desculpas aos leitores pelo escorregão.

Ou seja, a colunista do JB tentou tirar o dela da reta jogando a culpa pelo texto em cima de uma fonte e, no embalo, acusando Doria de plágio. Este, que não tinha se importado muito com o plágio em si (só fez um pequeno comentário irônico na quarta-feira, dia 12, no blog do nominimo) subiu nas tamancas e mandou este texto aqui para se defender.

Pois creio que é exatamente a defesa do Doria o mais interessante deste assunto e o que, acredito, deva ser discutido. Isso porque, para mim, o caso, na parte da Márcia, é claro: plágio mesmo, sem choro, nem vela. O do Doria, porém, suscita questões para as quais, vou logo adiantando, não tenho respostas prontas e muito menos certezas:

Onde começa e onde termina o direito autoral na Internet? O colunista do nominimo tinha que ter dado crédito de onde retirara a maior parte das suas idéias, como W. Clark faz em seu artigo? Ou devia, ao menos, ter dito que não era uma idéia original, mas fruto de leituras e pesquisas, mesmo sem enumerá-las, como fez Flávio Aguiar, da Agência Carta Maior, neste artigo que aborda o mesmo assunto? Pois ao contrário do artigo de Gilson Schwartz na Folha (aqui, mas só para quem for assinante do jornal ou do UOL), o de Doria não vai por outros caminhos, nem acrescenta nada de substancial à idéia central do gringo.

Acho que são questões importantes para serem discutidas por afetarem a base de questões éticas, deontológicas e financeiras da profissão. Afinal, é bom lembrar, como o fez minha querida Andréa, que, antes do Romantismo (o primeiro movimento cultural que nasceu e se desenrolou depois da afirmação definitiva do capitalismo), não havia a noção de autor como a conhecemos. Escritores, por exemplo, copiavam idéias, e até mesmo partes inteiras de obras, de outros e isso era considerado naturalíssimo.

Pode até ser que estejamos iniciando a era do Jornalismo Tribalista (?Eu sou de ninguém/Eu sou de todo mundo/E todo mundo me quer bem?), mas se for isso mesmo, seria legal começarmos discutindo isso de maneira organizada, sob pena de a nossa profissão, que já é tão vulnerável a picaretas, virar uma zorra completa.

Bom começo – Um bom começo para discussão poderia ser o Seminário sobre Direito Autoral que vai rolar nesta segunda, dia 17, no Centro Cultural da Justiça Federal, na Cinelândia. O negócio é tão sério que até o ministro da Cultura promete estar presente à abertura do evento. O ministro, aliás, é autor da primeira música sobre internet no país e a mulher dele é sócia de uma empresa fabricante de sites.”