JORNALISTAS NO FRONT
Julio Parrado, jornalista espanhol, foi morto no sul de Bagdá no dia 7/4 em ataque do Iraque enquanto viajava com a 3a Divisão da Infantaria americana. O anúncio oficial do falecimento foi dado pelo El Mundo, jornal de Madri para o qual Parrado trabalhava.
Os mísseis do ataque também mataram dois soldados e mais um jornalista, identificado pelo El Mundo como um fotógrafo alemão chamado Christian Liebig, e feriram 15 soldados.
El Mundo, jornal de distribuição nacional, disse que Parrado trabalhava como correspondente em Nova York para o jornal espanhol e viajava com a 3a Divisão da Infantaria quando esta saiu do Kuwait para a fronteira ao sul de Bagdá. A tropa estava a cerca de 15 quilômetros da capital quando foi atacada por um míssel. Informações da CNN (8/4/03).
Emissoras árabes sob fogo cruzado
Após bombardeio da coalizão na sucursal da al-Jazira em Bagdá na manhã do dia 8/4, um cameraman morreu e um jornalista desapareceu. Ambos eram funcionários da emissora árabe. O cameraman Tareq Ayoub, que ficou seriamente ferido com o bombardeio, morreu horas mais tarde. A emissora mostrou imagens do funcionário com o peito coberto de sangue.
A al-Jazira, uma das emissoras mais assistidas no mundo árabe, também informou que outro correspondente teve ferimentos leves.
A redação de outra emissora de língua árabe em Bagdá, a Abu Dhabi, também foi atingida por bombardeios da coalizão, afirmou a al-Jazira. Segundo Jason Deans [The Guardian, 8/4/03], um grupo de pessoas foram vistas carregando um homem ferido para um jipe da emissora. Dali, fora levado ao hospital. De acordo com a BBC, a sucursal da Abu Dhabi em Bagdá foi atingida por fogos da artilharia e a emissora perdeu contato com o repórter.
Poloneses fogem durante bombardeio
Dois jornalistas poloneses, presos em 7/4, conseguiram escapar da detenção imposta por forças iraquianas. A informação foi dada por um editor-executivo do canal local de notícias TVN 24.
Marcin Firlej, da TVN 24, e Jacek Kaczmarek, do primeiro canal da rádio pública polonesa, foram presos por um grupo de iraquianos armados, alguns em uniforme e outros vestidos de preto, quando passavam pela estrada entre Karbala e Najaf.
“Eles estavam presos em um colégio em Hillah e receberam ajuda de um professor iraquiano que lhes deu a chave do carro dos jornalistas e aconselhou que fugissem durante um bombardeio”, disse Malgorzata Laszcz, chefe de reportagem da TVN 24. Informações da Reuters [8/4/03].