JORNALISTAS NO FRONT
Enquanto as emissoras começaram a preparar os jornalistas para o conflito no Iraque, uma equipe da CBS, inclusive o âncora Dan Rather, aprendeu em primeira mão, no dia 10/4, sobre a natureza angustiante de cobrir uma guerra sem a proteção de tropas americanas ou britânicas. Outras emissoras começam a fazer o mesmo.
De acordo com Andrew Grossman [The Hollywood Reporter, 11/4/03], o sistema de repórteres embedded do Pentágono começou a se desintegrar à medida que algumas emissoras saíram em busca de maior liberdade para noticiar a guerra no Iraque por conta própria, em vez de viajar com unidades militares.
O Pentágono não ficou satisfeito com o desdobramento. Trouxe o sistema de incorporar jornalistas às tropas americanas e britânicas como forma de garantir que os soldados tenham o crédito que merecem na mídia global, assim como de assegurar que os correspondentes não violem a “segurança operacional”.
Além disso, os jornalistas que optaram por andar da contramão do recomendado pelo Pentágono estão atrapalhando os esforços da coalizão uma vez que estão mais suscetíveis a contratempos, disse Bryan Whitman, porta-voz do Departamento da Defesa. “Assim que os repórteres se meterem na primeira encrenca, o primeiro telefonema será para nós, para tentarmos arranjar uma saída”, disse Whitman. “Isso faz com que pessoas envolvidas em missões importantes interrompam o que estão fazendo para ajudar, além de pôr essas pessoas em perigo após alguém fazer alguma besteira.”