Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Navegador chinês dribla bloqueio do governo

Internautas chineses frustrados com a censura em sistemas de busca online descobriram o Maxthon, navegador criado por uma empresa homônima de Pequim que vem atraindo milhares de adeptos no país por conseguir driblar o bloqueio governamental à rede.


Desde que grandes empresas de internet americanas chegaram à China e concordaram em seguir as regras impostas pelas autoridades para o funcionamento online, o debate sobre censura na rede se intensificou e internautas passaram a buscar outras opções de sistemas de busca em forma de protesto. Em território chinês, temas como pornografia, alguns termos políticos e religiosos são proibidos na internet – palavras e expressões relacionadas a Dalai Lama, Tibet ou independência de Taiwan, quando digitadas em sítios de busca, apresentam apenas resultados favoráveis ao governo.


Explorer ainda domina


Embora o Internet Explorer, navegador da Microsoft, seja usado por 60% do mercado de internet americano e 85% do mercado mundial, ainda há espaço para novos navegadores no mercado. No ano passado, o Firefox, da Netscape, foi baixado por mais de 130 milhões de internautas.


O sucesso do Maxthon não se restringe à China. Muitos internautas da Europa e dos EUA passaram a usá-lo depois que ele foi apresentado em uma feira especializada em Las Vegas. Desde o lançamento do navegador, em 2003, até agora, cerca de 60 milhões de pessoas já o baixaram. De acordo com dados da empresa Maxthon, 14% dos internautas chineses estão usando o navegador e 17% o acessam como sítio de busca.


A Maxthon planeja ainda lançar uma nova versão que permite que os internautas naveguem em vários sítios ao mesmo tempo – sistema semelhante ao picture in picture da televisão. Segundo Netanel Jacobsson, vice-presidente da companhia, o futuro do navegador é permitir sua personalização. Informações de Stefanie Olsen [CNET News, 22/6/06].