TELETIPO
David Carr, colunista do New York Times [5/6/03], chama a atenção para a importância do julgamento de Martha Stewart por fraude acionária. Será, provavelmente, a maior cobertura de tribunal nos EUA desde o caso O. J. Simpson. E a mídia praticamente já condenou a celebridade, que ganha milhões com a revista Martha Stewart Living e outros negócios adjacentes. Sua companhia faturou US$ 295 milhões em 2002, mesmo já prejudicada pelo escândalo. A mídia gosta de histórias de Wall Street, mas, neste caso, o interesse é ainda maior, por se tratar de alguém famoso e por ela ter se declarado inocente, recusando-se a pagar por um acordo, algo comum em disputas nos EUA. Assim, Martha vai ter sua sorte decidida no tribunal.
A editora americana Simon & Schuster, que está lançando o livro de memórias em que Hillary Clinton fala da experiência de ter sido traída pelo marido e ex-presidente Bill Clinton, ameaça processar a agência Associated Press por ter publicado matéria com trechos da obra, estragando uma campanha de marketing meticulosamente planejada. As revistas Time e People, por exemplo, haviam fechado acordo de pagar US$ 100 mil em dinheiro e publicidade para terem dois trechos em primeira mão. Agora, porém, o negócio está ameaçado. Os trechos publicados, que incluem a parte em que Hillary descreve a dor que sentiu ao descobrir que Clinton havia mentido sobre seu relacionamento com a estagiária Monica Lewinsky, vazaram de alguma forma da Simon & Schuster. As informações são do New York Times [5/6/03].